Groundforce contesta pedido de insolvência

por Natércia Simões

O presidente do Conselho de Administração e acionista maioritário da Groundforce afirma que a decisão da TAP requerer a insolvência da empresa de handling adia uma solução. Alfredo Casimiro acusa ainda o governo de ter "dois pesos e duas medidas".

“A decisão da TAP de requerer, com o patrocínio do governo, a declaração de insolvência da SPDH Groundforce não resolve o problema da empresa. Pelo contrário, agrava-o e adia uma solução”, afirma Alfredo Casimiro em comunicado.

No entender do gestor, “a Groundforce não é um problema para a TAP. A TAP, sim, é um problema para a Groundforce”, considerando que “nenhum dos graves problemas” que a companhia aérea enfrenta se resolverá à custa da empresa de ‘handling’ (assistência em terra nos aeroportos).

“É, por isso, irresponsável, agravar a situação da Groundforce porque, inevitavelmente, isso agravará também a situação da TAP e de todos os trabalhadores deste universo”, considera.

Alfredo Casimiro acusa o governo de ter “dois pesos e duas medidas, senão mesmo duas caras”: “Usou uma cara para lidar com uma empresa pública que nacionalizou, a TAP, e outra cara para lidar com uma empresa privada que parece querer nacionalizar, a Groundforce”.

O presidente do Conselho de Administração considera que “tal comportamento é inaceitável num estado de direito” e acrescenta que “a crise pandémica afetou, de igual modo, empresas públicas e privadas”.

“Reiteramos que é, portanto, inaceitável que um governo use dois pesos e duas medidas, consoante gosta ou não gosta de uma empresa, respeita ou não respeita um empresário”, insiste Alfredo Casimiro.

(Com Lusa)

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