"Nós pedimos a extradição de dois homens detidos no fim-de-semana passa do em Lisboa", declarou à agência France Press uma porta-voz da Procuradoria de Roterdão, Jeichien de Graaff.

A Polícia Judiciária (PJ) portuguesa tinha anunciado apenas um pedido d e extradição feito pelas autoridades holandesas.

Segundo aquela porta-voz, "eles são acusados de estarem implicados" nos distúrbios no `Inn and Out`, um bar da cidade portuária, a 19 de Novembro de 20 05, de que resultou a morte do "barman" e de dois clientes e três feridos".

A Polícia Judiciária (PJ) portuguesa anunciou hoje a detenção de três h omens procurados na Holanda, um dos quais um militante islamita por presumíveis ligações à organização terrorista Hofstad, mas que Jeichien de Graaff disse trat ar-se de "um erro", alegando que "não há ligação com terrorismo".

Um porta-voz da Procuradoria nacional holandesa, Désirée Lepens, já tin ha dito anteriormente que "a ligação" estabelecida pela PJ "com o grupo Hofstad é manifestamente um erro", confirmando que o homem era de facto procurado, mas p or suspeita de ligação a três homicídios.

A PJ reafirmou posteriormente que foi essa a "informação recebida" das autoridades holandesas.

Catorze jovens muçulmanos, entre os quais o alegado assassino do cineas ta Theo van Gogh morto em Novembro de 2004, estão a ser julgados em Amesterdão p or alegada ligação ao grupo Hofstad.

O porta-voz da Procuradoria nacional holandesa, Désirée Leppens, confir mou à France Press que os pedidos de extradição dirigidos às autoridades portugu esas foram tratados pela Procuradoria da cidade de Roterdão, habilitada a tratar de assuntos criminais não ligados ao terrorismo.

Um primeiro suspeito dos três homicídios foi detido em Portugal em Deze mbro e "deverá ser extraditado para a Holanda esta semana", disse Jeichien de Gr aaff.

A PJ anunciou hoje que deteve um homem que consta da "lista dos mais pr ocurados na Holanda por ligações ao terrorismo".

"Foi a informação que nos foi transmitida pelas autoridades competendes de Roterdão, a qual tomámos por boa. Surpreende-nos o desmentido agora feito", disse à Agência Lusa Teófilo Santiago, da PJ.

O detido "é o presumível líder de um grupo criminoso" composto por três elementos suspeitos da autoria de três homicídios e outras tantas tentativas de assassínio, no final do ano passado na Holanda, referiu a PJ em comunicado.

A Judiciária anunciou que deteve dois homens no domingo na zona da Amad ora, enquanto o terceiro tinha já sido preso antes, quando se preparava para rum ar a um país africano.

A PJ adiantou que o presumível líder do grupo criminoso, cujo pedido de extradição anunciou, converteu-se ao islamismo, mantém contactos com os meios r adicais islâmicos, nomeadamente ao grupo Hofstad, e chegou a frequentar campos d e treino no Iémen.

As autoridades holandesas pediram a ajuda da PJ por suspeitarem que os três homens tinham fugido para Portugal, após um tiroteio do qual resultaram trê s mortos e três feridos graves.

A Polícia Judiciária acrescenta que no momento da detenção um dos argui dos chegou a empunhar uma arma carregada de calibre proibido.