Quando o hospital começou a registar dados, em 2015, só tinha um caso. Em 2016 registaram-se cinco casos, mas em 2017 foram 17.

Os números cresceram ao longo dos anos, graças à formação do pessoal de saúde que agora está mais bem preparado para detetar os casos.No ano passado foram detetados 62 casos de mutilação genital feminina na Unidade Local de Saúde de Amadora-Sintra.

As mulheres vítimas desta prática cujos casos foram detetados tinham até 36 anos de idade, até porque muitos dos casos só foram detetados quando chegaram ao hospital grávidas ou até mesmo no momento do parto. Os países de onde estas mulheres eram provenientes eram a Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Senegal, Gâmbia, Nigéria, e Cabo Verde.

Nesta reportagem no hospital, a Antena 1 ouviu o testemunho de uma mulher que foi vítima desta prática na infância e cujo caso só foi detetado agora na altura do parto.

Assinala-se esta quinta-feira o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina e o objetivo é sensibilizar a sociedade para a erradicação desta prática, que pode afetar a saúde física e psicológica das mulheres.

Hospital Amadora-Sintra deteta cada vez mais casos de mutilação genital feminina

Detetados 254 casos importados de mutilação genital feminina em 2024