Fonte consular portuguesa em Barcelona esclareceu à agência Lusa que as autoridades deverão fornecer uma primeira lista com a identidade dos feridos nas próximas horas, mas a lista das vítimas mortais poderá ser conhecida apenas na terça-feira.

"Neste momento ainda não temos qualquer informação oficial sobre a identidade das vítimas. Os feridos estão hospitalizados e os corpos dos mortos foram transladados para o Instituto de Medicina Legal", precisou a fonte.

O acidente na linha um do Metropolitano de Valência (leste de Espanha) ocorreu poucos minutos depois das 13:00 (12:00 em Lisboa), próximo da estação de Jesus na zona sul da cidade, que continua fechada ao trânsito enquanto decorrem os trabalhos de emergência no local.

Investigadores policiais e o sub-delegado do governo da Comunidade Valenciana, Luis Felipe Martínez, indicaram a jornalistas no local que o acidente terá sido originado pelo excesso de velocidade que levou a que a primeira das quatro carruagens da composição virasse.

Quase todas as vítimas mortais viajavam na primeira carruagem que, depois de virar, foi atingida pelas restantes carruagens da composição, das quais uma segunda também se virou.

Treze feridos foram transferidos para o Hospital Geral de Valência, dos quais oito já tiveram alta. Seis para o hospital Doctor Pesset, quatro para a Clínica Virgem del Consuelo e três outros para outras unidades da cidade.

Dezenas de pessoas deslocaram-se já ao Instituto de Medicina Legal em Valência para apurar dados sobre as vítimas.

Uma unidade especializada em grandes catástrofes do Corpo Nacional de Polícia foi já enviada de Madrid para Valência onde deverá apoiar as operações na zona e as investigações sobre o acidente.

O presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, enviou já uma mensagem de pesar às autoridades valencianas, renovando a disponibilidade do executivo para prestar qualquer apoio que possa ser necessário.

A mesma linha um do Metro de Valência tinha já sido palco de um acidente no passado dia 09 de Setembro, que causou um ferido grave e 34 feridos ligeiros.

Quatro dias depois desse acidente, as autoridades atribuíram o acidente a "um conjunto de circunstâncias", nomeadamente "excesso de confiança" dos maquinistas, à localização do sinal à saída da curva e a posição do sol - parte da linha é à superfície - que pode ter limitado a visibilidade dos condutores.