Os familiares de António Armindo, que estão em Brasília, revelaram hoje à Agência Lusa que o corpo do empresário foi reconhecido na quarta-feira pela arca da dentária.

O filho de António Armindo, Leandro, lembrou-se que o pai havia feito rece ntemente um tratamento dentário em Salvador e solicitou ao dentista o raio X dos dentes, o que possibilitou a identificação do corpo.

"Ainda não acredito em tudo isto. Parece um pesadelo", disse à Lusa, o irm ão do empresário de Matosinhos, Dionísio Armindo.

O corpo do empresário português segue quinta-feira de manhã para São Paulo , onde a empresa ABC Empreendimentos de Luto (ABCEL) irá preparar o cadáver para ser trasladado para Portugal.

Os familiares da vítima - o filho Leandro, a filha Janete e o irmão Dionís io - vão acompanhar a trasladação do corpo para São Paulo e depois para o Porto, onde deverão chegar na quarta-feira de manhã.

O velório e o enterro serão realizados em Matosinhos.

De acordo com os familiares de António Armindo, falta agora encontrar dois corpos das 154 vítimas do acidente aéreo.

O Boeing da GOL, que fazia o voo entre Manaus e Rio de Janeiro, com escala prevista em Brasília, despenhou-se em plena selva amazónica, no Estado do Mato Grosso, a 29 de Setembro, após chocar com um jacto Legacy, pilotado por norte-am ericanos.

O Legacy conseguiu fazer uma aterragem de emergência e as sete pessoas que estavam no jacto saíram ilesas.

As investigações sobre o acidente estão em curso, mas já se sabe que os pi lotos do Legacy voavam a uma altitude não prevista no seu plano de voo.

Os pilotos norte-americanos afirmaram que o plano elaborado pela Embraer, fabricante do jacto, previa uma altitude de 37 mil pés de São Paulo a Manaus, ma s na verdade o plano estipulava que o Legacy deveria mudar de altitude após pass ar por Brasília.