IL quer ouvir Governo sobre falta de resposta a crianças com necessidades educativas especiais

por Lusa

O presidente da IL vai requerer a audição do ministro da Educação e da secretária de Estado da Inclusão sobre o que classificou como "abandono", nas escolas, de crianças com necessidades educativas especiais, exigindo soluções para este problema.

Acompanhado das deputadas Carla Castro e Patrícia Gilvaz, Rui Rocha esteve esta manhã à porta de uma escola em Oeiras, com o Movimento para a Inclusão Efetiva, constituído por pais e encarregados de educação de crianças com necessidades educativas especiais que têm denunciado situações de discriminação e de prejuízo nas aprendizagens.

"A Iniciativa Liberal tem estado a acompanhar estas situações e, perante a evidência deste estado de abandono destas crianças, vai avançar com o requerimento na Assembleia da República para que o Ministro da Educação e a Secretária de Estado da Inclusão sejam chamados a esclarecer o que se passa", adiantou, em declarações à agência Lusa.

O objetivo dos liberais, segundo o seu presidente, é que aqueles governantes façam "um diagnóstico da situação no seu conjunto e que apresentem quais são as soluções que têm".

"Trabalhar para que esta situação de abandono possa evoluir para uma situação, que é que todos desejamos, de inclusão, de participação na vida e de autonomia porque estamos a falar de crianças de hoje que são os adultos do futuro e queremos que tenham a possibilidade de participar na sociedade de forma ativa", apelou.

Questionado sobre a expectativa da aprovação destas audições pelo PS, Rui Rocha referiu que "tem havido situações em que a maioria absoluta não tem contribuído para o escrutínio", mas espera que neste caso "o bom senso prevaleça".

"A minha expectativa relativamente a este caso concreto é que sim, que essa audição seja viabilizada porque é importante esclarecer o que se passa no terreno. É importante perceber o que é que se pode fazer mais. E é importante termos um diagnóstico, que me parece ser um diagnóstico de abandono, que é inaceitável", disse.

Segundo o liberal, "desde os tempos da pandemia que estas crianças são aquelas que provavelmente sofreram mais os impactos da ausência de serviço das escolas, de acompanhamento presencial".

"Agora, aquilo que constatamos e as conversas que temos tido também nesse sentido, revelam uma situação que eu tenderia a definir como algum abandono destas crianças", afirmou, referindo-se ao abandono do ponto de vista da educação, da própria estrutura do Serviço Nacional de Saúde e também da Segurança Social.

 

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