Incêndio Castro Marim. Rotação do vento vai coincidir com período crítico

por RTP

Esta terça-feira o incêndio que deflagrou em Castro Marim volta a não dar tréguas aos bombeiros, prevendo que as altas temperaturas durante a tarde, conjugadas com uma rotação do vento às horas mais críticas da tarde, vão ser desafiantes.

O comandante Richard Marques revelou que já arderam mais de nove mil hectares, depois de registar uma "taxa de expansão de 650 hectares por hora".

Segundo Richard Marques, o fogo, que se estendeu "de forma fulminante" para os concelhos de Vila Real de Santo António e Tavira durante a tarde de segunda-feira, "lavrou com muita intensidade, atingindo um perímetro de 43 quilómetros, numa área afetada de cerca de 9.000 hectares".

"O potencial deste incêndio é de 20.000 hectares", acrescentou, numa conferência de imprensa, em Castro Marim.

No decorrer do incêndio, que começou em Castro Marim, 81 pessoas foram retiradas de casa por precaução, num total de 12 localidades. Os residentes já estão a regressar a casa.


A Via do Infante (A22) foi aberta ao trânsito por volta das 11 horas.

Durante a noite "executar o plano estratégico de ação" e que na manhã de hoje está a ser consolidado o grande objetivo de "sustentar a capacidade de travar" a progressão das chamas. A rotação do vento vai ser o facto novo que pode dificultar as operações.

Apesar dos danos materiais, com casas e culturas atingidas, numa contabilização ainda por fazer, apenas um bombeiro ficou ferido, sem gravidade.

O levantamento dos danos está ainda a ser feito, mas a GNR não tem informação de casas de habitação que tenham ardido na totalidade, mas há relatos de habitações com danos, mesmo parciais.

O alerta para o incêndio rural foi dado às 01h05 de segunda-feira e o fogo chegou a ser dado como dominado pelas 10h20, mas o "quadro meteorológico severo", com altas temperaturas e vento, estiveram na origem de uma "reativação muito forte, em pleno período crítico do dia, junto à cabeça/flanco direito do incêndio original, e este ficou rapidamente fora da capacidade de extinção", explicou anteriormente o comandante operacional regional de Faro, Richard Marques.

As chamas chegaram depois aos concelhos vizinhos de Vila Real de Santo António e Tavira.



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