Incêndios. Judiciária identifica suspeito de 14 anos

De acordo com a PJ, ele é o "presumível autor de vários incêndios florestais, deflagrados no período de verão, nos últimos quatro anos, nas freguesias de Seidões, Ardegão e Arnozela, no concelho de Fafe". O comunicado da Judiciária adianta que "o menor confessou os factos".

Cristina Santos - RTP /
Fátima Pinto - RTP

O menor terá ateado fogo “num quadro de revolta e frustração, dado o seu parco rendimento escolar e a manifesta precariedade das suas relações sociais”. No entanto, a Judiciária não descarta “a possibilidade de, em algumas das situações, ter mesmo atuado em grupo.”

Só este verão, as freguesias de Seidões, Ardegão e Arnozela, no concelho de Fafe “foram sistematicamente assoladas por incêndios florestais, por vezes com recorrências diárias”. Alguns incêndios chegaram a preocupar “as populações locais” e consumiram vários hectares de floresta.
Perante estas situações recorrentes foram realizadas diversas investigações “ininterruptas” e que levaram à identificação do menor.

No comunicado enviado às redações esta quinta-feira de manhã, a Judiciária afirma que “o suspeito” ateava os incêndios através “de chama direta, com recurso a fósforos.”

Só este ano, o menor (residente em Seidões) entrou em "diversas zonas florestais locais, recorrendo, por vezes, à utilização de uma trotinete, incendiou vários montes, colocando-se logo de seguida em fuga, em direção à sua residência, onde permanecia refugiado.”

Os incêndios aconteceram sempre em zonas com elevado potencial de propagação, “manchas florestais de grandes dimensões”.
Perante a “abundante carga combustível ali existente e pela própria orografia da região” os riscos eram enormes.
A PJ recolheu “um sólido acervo probatório” que conduziu à identificação e interpelação do adolescente que “confessou os factos”.

O caso foi comunicado ao Ministério Público “para prosseguimento dos respetivos trâmites, nomeadamente, em sede do Tribunal de Família e Menores.”

O menor foi identificado e interpelado esta quinta-feira através do Departamento de Investigação Criminal de Braga com o Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural – Litoral Norte.
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