Infarmed não recebeu qualquer pedido dos médicos da bebé Matilde para autorizar o uso do medicamento mais caro do mundo

por Antena 1

O Infarmed ainda não recebeu qualquer pedido por parte dos médicos que estão a acompanhar a bebé Matilde para autorizar o uso do medicamento mais caro do mundo. A bebé, de dois meses, tem uma doença grave designada como Atrofia Muscular Espinhal.

Os pais querem recorrer a um novo medicamento, que ainda não está autorizado na Europa e que custa dois milhões de euros. O problema é que existem barreiras legais que não permitem o uso de tal medicamento em Portugal.

O Infarmed promete dar resposta numa questão de dias, ou até de horas, caso os médicos da pequena Matilde avancem com um pedido de autorização especial.

Rui Santos Ivo, presidente da Autoridade do Medicamento, esclarece que, quando é dada autorização excecional para um medicamento inovador, ele é administrado no Serviço Nacional de Saúde e pago na íntegra pelo Estado sem custos para o doente.

A campanha de angariação de fundos solidários conseguiu recolher os dois milhões de euros necessários para pagar o tratamento. A pequena Matilde tem estado internada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Nas últimas horas teve alta dos Cuidados Intensivos e passou para a enfermaria.

Contactado pela Antena 1, o Hospital de Santa Maria não esclarece se já avançou com o pedido de autorização especial para o uso do medicamento.

Em comunicado diz que o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte escusa-se a comentar a situação clínica individual de qualquer doente por motivos éticos e deontológicos.

Relativamente à utilização de inovação terapêutica, o hospital adianta que a opção é fazer uso criterioso dos mecanismos legais existentes para proporcionar os melhores cuidados de saúde.
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