Início do ano letivo marcado por greve. FNE critica falta de resposta do Ministério

por RTP

O secretário-geral da FNE admite que as expectativas para este novo ano letivo são negativas e lamenta que o Governo não seja capaz de "dar resposta" aos "problemas que estão identificados" há muito tempo nas escolas e na carreira dos docentes.

"As expectativas são negativas, na medida em que o Ministério da Educação se revela incapaz de dar resposta àquilo que são os problemas que estão identificados desde há muito", começou por afirmar Pedro Barreiros, à RTP, sobre o ano letivo que agora começa e a greve de professores marcada para esta semana.

Para o secretário-geral da FNE, o Ministério não tem sido capaz de, "a tempo e horas, em diálogo e concertação, de definir as políticas necessárias" aos problemas já identificados. O sindicalista referiu também questões que dizem respeito à profissão e à "própria vivência da escola".

Sobre a greve, Pedro Barreiros disse que os motivos "destas contestações são os professores e os alunos".

"Os alunos sabem perfeitamente também dizer e explicar aquilo que sentem através da dificuldade passada pelos seus professores. E os professores não estão a lutar apenas e só por si e pela sua carreira, estão a lutar por uma Educação de qualidade".

E isso só é possível, explicou, "com todos os recursos humanos necessários para que se consiga realizar e traduzir nas escolas".

"E não é isso que nós, ao longo dos últimos tempos, temos sentido", lamentou. "Há um desrespeito enorme. (...) Parece que o Ministério da Educação e o Governo tratam os professores como algoritmos".

E cada professor tem, na sua opinião, de ser valorizado e respeitado para "que se sinta também feliz na escola e a exercer a profissão que escolheu".
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