O secretário-geral da FNE admite que as expectativas para este novo ano letivo são negativas e lamenta que o Governo não seja capaz de "dar resposta" aos "problemas que estão identificados" há muito tempo nas escolas e na carreira dos docentes.
Para o secretário-geral da FNE, o Ministério não tem sido capaz de, "a tempo e horas, em diálogo e concertação, de definir as políticas necessárias" aos problemas já identificados. O sindicalista referiu também questões que dizem respeito à profissão e à "própria vivência da escola".
Sobre a greve, Pedro Barreiros disse que os motivos "destas contestações são os professores e os alunos".
"Os alunos sabem perfeitamente também dizer e explicar aquilo que sentem através da dificuldade passada pelos seus professores. E os professores não estão a lutar apenas e só por si e pela sua carreira, estão a lutar por uma Educação de qualidade".
E isso só é possível, explicou, "com todos os recursos humanos necessários para que se consiga realizar e traduzir nas escolas".
"E não é isso que nós, ao longo dos últimos tempos, temos sentido", lamentou. "Há um desrespeito enorme. (...) Parece que o Ministério da Educação e o Governo tratam os professores como algoritmos".
E cada professor tem, na sua opinião, de ser valorizado e respeitado para "que se sinta também feliz na escola e a exercer a profissão que escolheu".