IPO-Porto dobra resposta e integra Rede Nacional de Cuidados Paliativos
O Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO -Porto) vai integrar em Janeiro a Rede Nacional de Cuidados Paliativos, o que im plica dobrar a sua capacidade de oferta nesta área para 40 camas, disse o director daquela unidade.
Segundo Laranja Pontes, as 20 camas que o IPO-Porto já disponibiliza pa ra cuidados paliativos continuarão afectas a doentes do foro oncológico, sendo a s restantes para pacientes em fase terminal com outras doenças-base.
Neste caso - adiantou o director do IPO-Porto - os doentes serão encami nhados para a unidade por uma rede de referenciação tutelada pela Administração Regional de Saúde do Norte.
Os cuidados continuados do IPO-Porto funcionam há oito anos num imóvel construído para o efeito pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
Por dificuldades financeiras, o IPO só afectou aos cuidados continuados metade do espaço disponibilizado, disse o presidente da delegação Norte da LPCC , Vítor Veloso.
"Os sucessivos ministros da saúde não revelaram grande sensibilidade pa ra o assunto", lamentou o dirigente da LPCC, que quarta-feira vai oficializar co m o IPO-Porto a cedência da parte do edifício ainda por ocupar.
Mesmo a 50 por cento da sua capacidade, os cuidados continuados do IPO- Porto só puderam funcionar ao longo destes oito anos com ajudas da LPCC, da orde m dos 500 mil euros/ano, sublinhou Vítor Veloso.
O director do IPO-Porto confirmou os elevados custos destes cuidados, s ituando-os em 1,75 milhões de euros/ano por cada grupo de 20 doentes. Laranja Pontes adiantou, contudo, que as razões de ordem financeira que determinaram o subaproveitamento das instalações "vão ser ultrapassadas" atravé s de uma renegociação das ajudas estatais para o efeito.
"Havemos de resolver esse problema", declarou, confiante.
A LPCC anunciou, entretanto, que vai reabrir quinta-feira um centro de dia para doentes do foro oncológico, que foi encerrado em Agosto.
Segundo o presidente da instituição, o centro ressurge agora "em moldes mais abrangentes" e com capacidade para acolher até 40 idosos em fase de tratam ento.
O centro vai fornecer acompanhamento médico e psicológico aos utentes e criar condições para que possam ocupar o tempo realizando trabalhos manuais.