IPO tem equipamento pioneiro em Portugal para diagnóstico do cancro
A unidade de medicina nuclear do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto apresentou hoje um equipamento pioneiro em Portugal para diagnóstico do cancro que vai permitir detectar mais rapidamente as metástases da doença.
O aparelho, que conjuga a imagem morfológica da TAC (Tomografia Axial Computorizada) com a PET (Tomografia por Emissão de Positrões) custou àquela unidade hospitalar cerca de 2,5 milhões de euros.
O PET-CT possibilita que, de "uma forma muito precoce", se saiba o estado em que se encontra o tumor e que se identifiquem as metástases (implante de tecido maligno à distância) da doença, a nível do corpo inteiro, afirmou o director do serviço de Medicina Nuclear do IPO, Artur Lima Bastos.
Permitirá também a avaliação da evolução de tratamentos de radioterapia e quimioterapia e o diagnóstico de patologias como o Alzheimer e a Demência, acrescentou.
O responsável falava aos jornalistas à margem do seminário "Tomografia por Emissão de Positrões (PET) em Oncologia", apresentado por José A. Richter, responsável pelo serviço de Medicina Nuclear da Clínica Universitária de Navarra (Espanha), onde se abordou o tema do impacte da utilização desta tecnologia na luta contra o cancro.
A "eficiência" do PET-CT foi já comprovada por Lima Bastos em cerca de 40 casos, onde o aparelho foi já utilizado.
"É que - explicou - em muitas destas situações, nas quais estava identificada uma situação de doença num determinado local e que ia ter uma conduta terapêutica de cirurgia, notámos que havia outro tipo de metástases ao longo do corpo, o que inviabilizou a estratégia".
"Poupou-se assim uma cirurgia e fez-se um tratamento mais adequado, diminuindo a probabilidade de aumento do tumor", concluiu.