IPSS de Coimbra querem dirigentes também vacinados

por Lusa

A União das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UIPSS) do Distrito de Coimbra defendeu hoje que os dirigentes destas entidades devem ser também vacinados contra a covid-19, o que aconteceu pontualmente no concelho de Penacova.

A vacinação já realizada em algumas IPSS e em alguns bombeiros voluntários de Penacova abrangeu "as pessoas que frequentam" as instituições, incluindo "alguns dirigentes também", disse à agência Lusa o coordenador do Centro de Saúde local, Francisco Araújo.

Numa IPSS do concelho atingida por um surto de covid-19 "houve várias pessoas que não puderam ser vacinadas", nesta fase, por estarem infetadas pelo novo coronavírus, esclareceu.

"Para não se perderem, as vacinas remanescentes foram utilizadas nas próprias instituições e nos bombeiros", adiantou, explicando que foram igualmente vacinados dirigentes e outras pessoas que contactam regularmente com os serviços.

Francisco Araújo disse que, "se mais vacinas houvesse", também os militares da GNR de Penacova seriam abrangidos.

Ao todo, desde quinta-feira, "foram vacinadas cerca de 600 pessoas de seis ou sete entidades" deste município do distrito de Coimbra, acrescentou.

"Normalmente, os dirigentes das IPSS são pessoas aposentadas e já com uma certa idade", realçou à Lusa, por sua vez, o presidente da UIPSS do Distrito de Coimbra, Gil Tavares.

De momento, segundo o mesmo responsável, "não está prevista a vacinação dos dirigentes" dos lares de idosos e outras valências das IPSS, uma possibilidade que deverá analisada na tarde de hoje numa reunião virtual dos líderes das UIPSS distritais, coordenada pelo presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Lino Maia.

Para Gil Tavares, "se proibiram as visitas nos lares, as infeções só são possíveis através dos dirigentes, trabalhadores ou fornecedores", ou de outras pessoas que acedam aos edifícios.

O padre Lino Maia entende que devem ser vacinados, por esta ordem, primeiro os utentes idosos das IPSS, depois os seus trabalhadores e os chamados "dirigentes ativos" em terceiro lugar.

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