Javalis "passeiam" pela cidade de Setúbal e causam danos

Em Setúbal os avistamentos de javalis no centro da cidade estão a trazer surpresa mas também preocupações. A situação já aconteceu em anos anteriores por esta altura, mas este ano tem tido um maior impacto junto da população.

Arlinda Brandão - Antena 1 /

créditos: Raquel Valagão

Os animais descem da serra da Arrábida e "passeiam" por zonas urbanas da cidade no meio da população e circulação automóvel.
Existem receios de acidentes e existem danos em relvados e jardins. Há também lixo espalhado e contentores de residuos tombados.

O ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas revela à Antena 1 que no Parque Natural da Arrábida e áreas limítrofes, são abatidos anualmente entre 400 a 600 javalis, mantendo-se a população numerosa, mas estável "desde o início do presente ano, o ICNF autorizou 53 ações de correção de densidade, correspondentes à emissão de 499 selos para esse efeito".

Não se sabe o número total de javalis existentes "não existem dados absolutos sobre a dimensão das populações de animais selvagens, trabalhando-se, por isso, com base em estimativas".

Segundo o ICNF "importa referir que o aumento de avistamentos de javalis em áreas urbanas, nesta altura do ano, é expectável e não decorre, necessariamente, de um crescimento descontrolado da população ou da escassez de água e alimento nas zonas habituais de presença da espécie. Esse aumento está, muitas vezes, associado ao período pós-nascimento, fase em que os animais exploram novos territórios, tornando-se mais visíveis para as populações humanas".

Em relação às questões de segurança que se colocam o ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas diz que " não tem competência para autorizar o abate de javalis em áreas urbanas, por estarem em causa questões de segurança pública. Nestes casos, compete às forças de segurança, no âmbito das suas atribuições, assegurar a proteção de pessoas e bens e atuar sempre que se justifique o controlo da presença da espécie nesses contextos."

A Antena 1 já contactou a PSP e a GNR que tem o SEPNA - Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente e aguarda esclarecimentos.
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