Jerónimo de Sousa "inclinado" a fazer-se sócio do Benfica
Jerónimo de Sousa alertou hoje para as dificuldades do sector dos táxis num almoço no restaurante do Estádio do Benfica, em que o presidente do clube, Luís Filipe Vieira, convidou o candidato presidencial a fazer-se sócio.
O presidente do clube ofereceu uma medalha comemorativa dos 100 anos do Benfica e um "kit sócio" a Jerónimo de Sousa, benfiquista, que admitiu estar "inclinado" a aceitar o repto e a fazer-se sócio.
"O presidente do Benfica parece que quis fazer novas aquisiçõesÓ é um convite apetecível, estou muito inclinado" a aceitar, disse o candidato em declarações aos jornalistas no final do almoço.
Por seu lado, Luís Filipe Vieira disse ter sido "uma honra" receber um candidato presidencial, mas escusou-se a revelar se o presente representou uma manifestação de apoio ao candidato.
"O presidente do Benfica não vai dizer quem vai apoiar ou em quem vai votar", disse, esclarecendo que receberia de igual forma qualquer outro candidato.
"Logicamente se (o próximo Presidente da República) for do Benfica melhor", disse ainda, respondendo a perguntas dos jornalistas.
Jerónimo de Sousa recusou que a escolha do restaurante constitua um apelo ao voto dos benfiquistas, afirmando, bem disposto, que quer os votos "dos benfiquistas, dos portistas e dos sportinguistas".
"Apesar de ser perigoso misturar futebol com política", disse, "pode é haver aqui uma carga simbólica".
"Não há partidas ganhas antes do jogo, não há vencedores antecipados", afirmou, fazendo um paralelo entre o jogo em que o Benfica venceu o Manchester United para a Liga dos Campeões no início de Dezembro e as eleições presidenciais.
"Parecia que ia vencer o mais poderoso e afinal, na vida como na política ou futebol, não há partidas ganhas antes do jogo", disse.
Na sua intervenção perante os profissionais do sector dos táxis, Jerónimo de Sousa defendeu que os taxistas deveriam estar representados na autoridade Metropolitana dos Transportes e propôs a criação de uma entidade que coordenar e regular aquela actividade.
O candidato lembrou ainda uma proposta do grupo parlamentar do PCP, partido que apoia a sua candidatura, para pôr fim ao pagamento especial por conta a que os taxistas estão obrigados, propondo em alternativa um imposto "mais justo".