Juíza já assinou ordem de libertação de Isaltino Morais

A ordem para a libertação imediata do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, foi já assinada pela Juíza do tribunal de Oeiras, depois de ter sido informada pelo Tribunal Constitucional da pendência de um recurso com efeitos suspensivos, esperando-se a todo o momento a libertação efetiva do edil de Oeiras.

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Isaltino Morais tinha sido detido ontem, ao final da tarde RTP

O presidente da Câmara de Oeiras tinha sido detido ontem, ao final da tarde, por elementos da PSP, no "cumprimento de um mandado de detenção". O autarca de Oeiras foi levado para o estabelecimento prisional próximo da PJ, em Lisboa. Os seus advogados tiveram dúvidas sobre a legalidade da detenção e pediram a libertação do autarca.

O mandado em que se baseou a detenção, emitido pelos juízes de Oeiras, referia que o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que confirmou, em maio, a pena de dois anos de prisão efetiva, decidida pelo Tribunal da Relação em 2010, transitou em julgado dia 19 de setembro. O advogado de Isaltino Morais contestou a legalidade da detenção. Rui Elói Ferreira disse hoje de manhã que o juiz deu como transitada em julgado uma condenação que estava suspensa até que o Tribunal Constitucional decidisse sobre recursos interpostos este ano pela defesa.

"O que aconteceu é gravíssimo. Meteram na cadeia um presumível inocente, uma vez que toda a gente é inocente até aos processos transitarem em julgado, o que não foi o caso", sublinhou o advogado esta manhã. O defensor de Isaltino Morais disse ter enviado, durante a noite, dois requerimentos ao Tribunal de Oeiras a pedir a libertação do autarca.

O envio para o tribunal de Oeiras da documentação do Tribunal Constitucional, confirmando a existência do recurso com efeitos suspensivos, pôs ponto final na detenção do autarca, como era intenção dos seus advogados.

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