A Junta de Freguesia vai atribuir a Medalha de Honra da autarquia, numa cerimónia em que estarão presentes a fundadora da instituição, Palmira Cabrita Matias, o director da aldeia, João Paulo Félix, e a directora pedagógica, Teresa Santos.

A aldeia é membro da Associação das Aldeias de Crianças SOS - que inclui ainda instituições em Gulpilhares (Vila Nova de Gaia) e Guarda -, onde se encontram cerca de 150 crianças e jovens, de entre dois e 21 anos, disse hoje à agência Lusa fonte da instituição.

A associação foi fundada em Portugal em 1964, com o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social para proporcionar um modelo familiar de cuidados a longo prazo a crianças órfãs, abandonadas ou de famílias que não podem cuidar delas.

A filosofia das aldeias é proporcionar um futuro para todos e uma vida nova às crianças desprotegidas.

As Aldeias SOS foram fundadas na Áustria por Hermann Gmeiner, que pretendeu realizar o sonho de dar uma mãe, irmãos, uma família, um lar às crianças que ficaram órfãs e abandonadas na 2ª Guerra Mundial.

A primeira destas aldeias nasceu em Imst, em 1949, e 15 anos mais tarde o projecto chegou a Portugal para proporcionar às crianças uma formação sólida que lhes permita alcançar a autonomia e integração na sociedade.

A associação faz parte da SOS Kinderdof International, organização internacional de ajuda à criança a nível mundial, sem fins lucrativos, que faz parte da UNESCO e possui um elemento em permanência no Conselho Económico e Social das ONU.

Em 132 países, 452 Aldeias SOS oferecem um lar a 46.700 crianças.

Segundo a associação, um conjunto de 1.240 instituições SOS, entre jardins-de-infância, lares de jovens, centros sociais e médicos, prestam auxílio a mais de 600.000 beneficiários em todo o mundo.