País
Laboratórios Germano de Sousa alvo de ciberataque
Os laboratórios de análises clínicas Germano de Sousa foram alvo de um ataque informático durante a madrugada desta quinta-feira. Os dados dos pacientes não terão sido atingidos. A informação foi confirmada à RTP pelo grupo.
A empresa sublinha que está a analisar a situação para perceber a dimensão do ataque e a sua origem.
Os laboratórios Germano de Sousa garantem que estão a conseguir assegurar os exames e que continuam a trabalhar dentro da normalidade possível.
Enquanto a situação não é resolvida, e de modo a não comprometer os restantes serviços, as ligações entre o grupo Germano de Sousa e hospitais foram cortadas.
Por causa deste ataque informático, a CUF está a cancelar todos os testes à covid-19 agendados para a manhã desta quinta-feira e tem aconselhado os pacientes a procurarem outros laboratórios.
A Antena 1 falou com Germano de Sousa, que explica o que aconteceu. “A base de dados dos nossos doentes não foi tocada, mas a comunicação com os postos de colheita, com hospitais para os quais trabalhamos”, foi atingida, disse.
“De manhã ligaram-me de alguns postos de recolha a dizer que não conseguiam comunicar com o laboratório central” e “depois percebemos que tínhamos um vírus metido no sistema", adiantou Germano de Sousa.
O grupo espera que a situação seja resolvida até ao final desta quinta-feira, garantindo que os seus informáticos e um grupo de cibersegurança estão a fazer todos os possíveis.
O ataque, segundo apurou até agora a rede de laboratórios, poderá ser do tipo ransomware – um tipo de software que bloqueia os acessos ao sistema até que seja pago um resgate, normalmente em criptomoedas.
O grupo diz, no entanto, não ter recebido ainda qualquer comunicação por parte de hackers.
Germano de Sousa "há largos anos" com investimento em cibersegurança
O admnistrador do grupo, José Germano de Sousa, assegurou à RTP que “há largos anos” que a rede de laboratórios faz investimento em cibersegurança. “Não estamos alheados da realidade, daquilo que é a necessidade da cibersegurança, somos uma empresa com um investimento forte” nessa área, declarou.
José Germano de Sousa acrescentou que o grupo possui, aliás, uma empresa em outsourcing exclusivamente dedicada a esse ramo.
José Germano de Sousa acrescentou que o grupo possui, aliás, uma empresa em outsourcing exclusivamente dedicada a esse ramo.
“As bases de dados não foram corrompidas, portanto não há qualquer questão sobre segurança de dados de doentes”, sublinhou.
Várias empresas em Portugal têm sido alvo de ataques informáticos este ano. Em janeiro foi o caso do grupo Impresa e, esta semana, o mesmo aconteceu com a Vodafone.
A empresa de telecomunicações esteve vários dias a lidar com as consequências desse ciberataque, que afetou milhares de clientes.
A empresa de telecomunicações esteve vários dias a lidar com as consequências desse ciberataque, que afetou milhares de clientes.