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Lotaria instantânea do Património Cultural provoca polémica

por Antena 1

É hoje lançada, em Portugal, a lotaria instantânea do Património Cultural. Na prática, trata-se de uma nova raspadinha, que custa um euro. As receitas revertem para o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural, que é responsável por financiar intervenções em imóveis culturais, por exemplo museus.

A lotaria instantânea é lançada pelo Governo, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Mas a ideia tem provocado polémica.

Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social já alertou para o aumento do número de pessoas viciadas em raspadinhas no país.

Também o Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos e Substâncias lembra que é necessária muita atenção para evitar situações de risco.

Em declarações à Antena 1, Raul Martins, coordenador de projetos da Divisão de Prevenção e Intervenção na Comunidade do SICAD, diz que toda a sociedade tem um papel a desempenhar.

A facilidade de acesso e de jogo são características da raspadinha que a tornam popular, sobretudo junto da população sénior, de acordo com a perceção do SICAD.

O Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos e Substâncias lembra que há várias linhas telefónicas disponíveis para pessoas que têm problemas relacionados com jogo. A título de exemplo, a linha 1414, do SICAD, a linha do Instituto de Apoio ao Jogador ou a Linha de Apoio ao Jogo Responsável, da Santa Casa da Misericórdia.

A Antena 1 pediu mais esclarecimentos sobre a lotaria instantânea do Património Cultural, junto do Ministério da Cultura, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e também junto da Direcção-Geral do Património.

No entanto, nenhuma destas entidades se mostrou disponível para falar sobre esta nova raspadinha, no dia em que este jogo é oficialmente lançado.
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