Luís Amado indica Luís Barbosa para presidir à Cruz Vermelha Portuguesa
O ministro da Defesa, Luís Amado, vai indicar o nome de Luís Barbosa para a presidência da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), disse à Agência Lusa fonte do Ministério da Defesa.
O nome proposto para substituir de Nogueira de Brito, nomeado pelo anterior Governo PSD/CDS, será indicado por Luís Amado ao Conselho Supremo da CVP, que se reúne a 06 de Junho.
O órgão máximo da Cruz Vermelha apresenta depois a Luís Amado uma "proposta para a nomeação por despacho conjunto do ministro da Defesa e do primeiro-ministro", acrescentou a fonte.
Luís Eduardo da Silva Barbosa é licenciado em Economia e Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras e faz actualmente parte da administração da CIMPOR - Cimentos de Portugal.
Antigo dirigente do CDS, ex-ministro da Saúde do último governo da Aliança Democrática, ex-deputado (em 1979 e 1980), Luís Barbosa notabilizou-se mais recentemente pelo seu papel na fundação e direcção do Movimento Humanismo e Democracia (MHD), uma corrente democrata-cristã que conta com duas deputadas na actual bancada parlamentar socialista.
Antes, em 1988, com Cavaco Silva na chefia do governo, Luís Barbosa foi nomeado para a presidir a Teatro Nacional de São Carlos.
Dez anos mais tarde, foi a personalidade escolhida para passar a pente fino as contas da Expo98, numa altura em que se falava em contínuas derrapagens orçamentais.
O nome indicado pelo ministro da Defesa para futuro presidente da CVP tem também "feitos" menos conhecidos: foi o "inventor" das taxas moderadoras nos hospitais e o responsável pela existência de portagem apenas num dos sentidos da ponte 25 de Abril (fruto da sua passagem pelo ministério das Obras Públicas, em 1982).
A ser proposto pela CVP e nomeado pelo governo, Luís Barbosa substituirá na chefia da instituição Luís Nogueira de Brito, que, com a mudança de Governo, apresentou a sua demissão em meados de Março ao então ministro da Defesa, Paulo Portas.
Nogueira de Brito, que presidia à CVP desde 11 de Julho de 2003 (substituiu Maria Barroso), justificou então a sua demissão com a convicção de que o cargo que ocupava é de confiança pessoal, pelo que o sucessor de Paulo Portas não deveria ter "constrangimentos nenhuns" na escolha da personalidade para presidir à instituição.