Luísa Mesquita (CDU) com a "banda da casa" na Ribeira de Santarém

Acompanhada pela "banda da casa", a candidata da CDU à Câmara de Santarém, Luísa Mesquita, subiu hoje calçadas e calcorreou as ruas da Ribeira de Santarém, uma freguesia conquistada pela coligação ao PS há oito anos.

Agência LUSA /

Com manifestações de voto garantido, a candidata não perdeu a oportunidade para ir explicando que dia 09 é preciso pôr a cruz "em três papéis" (assembleias de freguesia e municipal e câmara), entregando, com um sorriso, o folheto, formato A3, em que apresenta as suas propostas para um concelho que, assegura, " quer governar".

Luísa Mesquita, que há quatro anos conseguiu duplicar o número de eleitos da CDU na Câmara Municipal (passando de um para dois vereadores), ouviu com a grado o condutor que confessou ter "gostado muito do debate na TSF".

"Tenho dito aos meus colegas no serviço que a drª, tanto no debate como na Assembleia da República ou na Câmara, é a única que conhece os problemas do concelho", disse o homem, confessando ter gostado de ouvir Luísa Mesquita "encostar às boxes" o candidato apoiado pelo PSD e lamentando que o PS esteja a anunciar obras que já estavam decididas pelo seu antecessor "ainda por cima mal feitas ".

Luísa Mesquita ouviu, visivelmente satisfeita, arrematando com um desejo de um "bom voto e que leve muitos consigo".

A candidata foi perguntando aos moradores do degradado bairro da Ribeira se podia contar com o seu voto, com respostas às vezes evasivas - "vamos lá a ver" -, e ouviu no "barómetro" do Café Palhinhas, àquela hora deserto, o proprietário assegurar que "o Vítor [Gaspar, actual presidente da junta conquistada pel a CDU] aqui está à vontade".

Sem muitos brindes para distribuir (apenas canetas), as três dezenas de apoiantes, com bandeiras da CDU ao ombro, foram animados por instrumentos tocados pela "prata da casa", com o candidato à Assembleia Municipal, Madeira Lopes, a tocar tambor, o filho (o deputado Francisco Madeira Lopes) a tocar gaita de foles e outros com pandeiretas, adufes e marracas, um som por vezes abafado pela campainha da passagem de nível ou pelo ruído de um dos muitos comboios que diariamente atravessam a Ribeira.

Luísa Mesquita defronta o actual presidente e recandidato socialista Rui Barreiro, o independente apoiado pelo PSD, Francisco Moita Flores, o líder distrital do CDS-PP, Herculano Gonçalves, e a professora Ana Prata, do BE.

Há quatro anos, a CDU retirou um vereador ao PS, que passou de cinco para quatro eleitos, perdendo a maioria absoluta, tendo o PSD três vereadores.

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