Mais pedidos de ajuda à Deco devido ao aumento do custo de vida

por Antena 1

Foto: Pedro A. Pina - RTP

Nunca tinha havido tantas pessoas a pedir ajuda à Deco como no ano passado. O principal motivo, segundo Natália Nunes, é o aumento do custo de vida – questão que se tem mantido em 2023.

O número de pessoas que pediu ajuda ao Gabinete de Proteção Financeira da Deco em 2022 ascendeu a 31.500, o mais alto de sempre, e pela primeira vez o aumento do custo de vida surge como o principal motivo.

De acordo com o balanço do Gabinete de Proteção Financeira (GPF) o aumento do custo de vida representou 36 por cento das causas de dificuldade financeira das famílias que contactaram aquele gabinete, com os dados a mostrarem que a tendência se está a agravar em 2023.

Os dados anuais do GPF indicam que dos 31.500 pedidos de ajuda em 2022 - que representam uma subida homóloga de cerca de 5 por cento - a maior parte (59 por cento) partiram de famílias que moram nos distritos de Lisboa e do Porto, dois dos locais onde o aumento do preço e da renda das casas mais se tem feito sentir.

Por outro lado, 42 por cento dos pedidos partiram de pessoas casadas ou em união de facto, enquanto 31 por cento foram efetuados por solteiros, 22 por cento por separados e 5 por cento por viúvos, com esta distribuição a manter-se idêntica nos primeiros três meses de 2023.

De acordo com os mesmos dados, 51 por cento das pessoas que pediram apoio em 2022 eram trabalhadores do setor privado (37 por cento no primeiro trimestre de 2023), sendo que os desempregados representaram 16 por cento (17 por cento nos primeiros três meses deste ano).
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