Marcelo defende combate à pobreza e superação da injustiça

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu este sábado a necessidade de combater a pobreza, superar a injustiça, promover o conhecimento e abraçar a pátria.

RTP /
Foto: Estela Silva - Lusa

No seu discurso comemorativo do 10 de Junho, no Porto, o chefe de Estado destacou que "são muitos os caminhos que concluem esse desígnio", considerando que é mais "aquilo que nos aproxima do que o que nos afasta".

Marcelo Rebelo de Sousa destacou os portugueses dentro e fora do país, considerando que é "missão de todos respeitar" quem deu e dá liberdade.

O Presidente deveria ter falado os dez minutos previstos, mas discursou em menos de cinco minutos. Não deixou de dedicar uma palavra especial às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, que diz acompanhar "muito de perto".

"Uma palavra de incondicional solidariedade, em especial para as que mais sofrem ou desesperam”, afirmou o Presidente. 

Marcelo falou ainda aos imigrantes, que chegam ao país "sonhando ficar e ter uma vida melhor do que aquela que lhes é negada nas suas terras natais”.

Estando no Porto e perante a enorme multidão que se juntou este sábado à foz do Douro, “nesta leal, nobre, livre e independente cidade”, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou tratar-se de uma cidade que “nunca traiu” o país, bem como “nunca temeu e nunca vacilou”.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda a importância das Forças Armadas que deram ao país “vezes sem conta a independência e a liberdade” e as “constroem com determinação”, em território nacional e internacional.

País "independente e livre"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu ainda um país “independente” e “livre da sujeição”.

“Independente do atraso, da ignorância, da pobreza, da injustiça, da dívida da sujeição. Livre da prepotência, da demagogia, do pensamento único, da xenofobia e do racismo”, disse.

Mas este é também dia de Camões. Por isso o chefe de Estado destacou ainda que hoje se celbra “dia da nossa língua, da nossa educação, da nossa ciência, inovação, conhecimento".

"Como que a dizer-nos que só seremos portadores de independência, da liberdade e de universalismo se juntarmos à cultura ancestral a antecipação do futuro”, acrescentou.

Próximo 10 de Junho nos Estados Unidos

O ministro dos Negócios Estrangeiros concorda com as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa. Para Augusto Santos Silva, o país tem que ser independente para poder decidir por si projetos ou problemas nacionais.

“Concordo, como disse o Presidente da República, que temos de ser independentes, do ponto de vista da soberania, mas que também devemos ser independentes da pobreza, do excesso de dívida e independentes do excesso de submissão”, afirmou Augusto Santos Silva, em declarações aos jornalistas.

“Ser independente é termos a capacidade de decidir por nós, sobre os nossos problemas e ter a capacidade de pôr em prática os nossos projetos comuns, decididos democraticamente”, acrescentou.


Santos Silva considerou ainda uma “excelente ideia” o modelo de comemoração do Dia de Portugal em dois países, porque “o Presidente da República é também o presidente das comunidades”.

O governante adiantou que, em 2018, o 10 de Junho vai ser assinalado “junto da comunidade residente nos Estados Unidos da América”.

Depois das cerimónias no Porto, o ministro segue com o primeiro-ministro e com o Presidente para São Paulo, no Brasil, onde ainda hoje prosseguem as cerimónias do 10 de Junho.


c/ Lusa

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