Mariana Leitão acusa Montenegro de tirar medidas de "caderno de encargos do PS"
A nova líder da IL, Mariana Leitão, acusou hoje o primeiro-ministro de apresentar medidas que "parecem tiradas diretamente do caderno de encargos do PS", desafiando-o a escolher se quer ser uma cópia de António Costa.
No seu primeiro discurso enquanto nova líder da IL, na X Convenção Nacional do partido, em Alcobaça, Leiria, Mariana Leitão considerou que, no debate do estado da nação, esta quinta-feira na Assembleia da República, o Governo voltou a mostrar "que a tão prometida mudança afinal não passou de `marketing político`".
"O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reforçou, mais uma vez, que a AD, por si, não será capaz de trazer quaisquer reformas ou mudança para o país", considerou.
Para Mariana Leitão, "o momento das mudanças sérias e da ambição reformista é agora, não é no final da legislatura que se começa a mudar o país".
"O momento das propostas arrojadas é agora e, até agora, nada se viu. O chamado alívio fiscal vale quatro euros por mês. E, depois, não hesita a gastar 400 milhões de euros em despesa extraordinária para efeitos eleitoralistas", criticou, numa alusão à proposta de suplemento extraordinário para pensionistas aprovada esta sexta-feira em Conselho de Ministros.
A nova líder da IL acusou ainda a AD de fazer uma privatização da TAP "à medida do PS de Pedro Nuno Santos", de, na saúde, continuar "a grande promessa de mudanças que nunca chegaram" e, na habitação, só fazer "incentivos à procura, sem qualquer incentivo à construção".
"O primeiro-ministro apresentou um conjunto de medidas que parecem tiradas diretamente do caderno de encargos do PS. Subsídios, cheques disto e daquilo promessas vagas de investimento público, tudo menos reformas estruturais, tudo menos coragem política", acusou.
Para Mariana Leitão, "trata-se de uma cópia do modelo que já era seguido por António Costa".
"E chegou a hora de Luís Montenegro decidir se quer ser António Costa", desafiou.