"E também sei que não é por acaso que estas notícias saem a poucos dias de eleições em Lisboa e depois do PSD ter feito severas denúncias de comportamentos políticos do Governo e no âmbito da campanha de Lisboa", acresscentou.

Na edição de hoje, o jornal Correio da Manhã revelava que Marques Mendes corre o risco de ter de pagar os descontos à Segurança Social referentes ao período em que desempenhou funções de presidente da EIA - Ensino, Investigação e Administração, empresa responsável pela gestão da Universidade Atlântica.

Mendes, que falava em conferência de imprensa na sede do PSD, disse saber que algumas denúncias políticas que fez "são incómodas" e que ao fazê-las pôs "o dedo na ferida de algumas situações".

"Sei também que há sempre a tentação, ainda que com falsidades de fazer retaliações. Mas uma coisa quero deixar claro: se estas ou outras notícias do mesmo género visam intimidar-me ou condicionar a minha acção política, desenganem-se", sublinhou.

O líder do PSD considerou "estranho" que no mesmo dia em que sai a notícia várias redacções tenham recebido cópias de um relatório da Universidade Atlântica pedido pelo presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, ao qual garantiu nunca ter tido acesso.

Esse relatório inclui a acta da Comissão de Remunerações da Universidade Independente que determina uma remuneração de 750 contos (em moeda antiga) mensais a Marques Mendes.

O presidente social-democrata recusou-se a responder de forma clara à pergunta de um jornalista sobre se este episódio reforçava as suas acusações de ligações entre Isaltino Morais, antigo militante do PSD eleito como independente após uma ruptura com o líder do partido, e o PS.

Mendes adiantou que vai entregar este caso ao seu advogado.