Tanto a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) como a Associação de Professores de Matemática (APM)considera a prova "adequada" para avaliar os conhecimentos que se devem desenvolver no primeiro ciclo do ensino básico e ao novo programa da disciplina.

O teste apresentou uma estrutura "dentro do que tem sido habitual nos últimos anos", considera a professora Helena Amara, da associação de docentes, enquanto a Sociedade, num comunicado divulgado, faz votos que o padrão desta prova se "mantenha nos próximos anos".

"Está adequada ao novo programa" e apresentava uma perspetiva "muito interessante" para aplicar o raciocínio, acrescentou Helena Amaral.

A SPM regista, contudo, que o "desejável desempenho" dos alunos no cálculo aritmético "continua a não ser devidamente avaliado".

"As multiplicações pedidas são demasiados simples e o algoritmo da divisão está pura e simplesmente ausente desta prova", critica a Sociedade.

Já a associação de professores aponta as perguntas com possibilidade de mais de uma resposta como negativa, o que "poderá ter causado dificuldades a alguns alunos".

A prova foi realizada por mais de de cem mil alunos do 4.º ano do Ensino Básico, que na quarta-feira fizeram o teste de aferição de Língua Portuguesa.

Este é o último ano que estas provas não contam para nota, destinando-se apenas a diagnosticar o grau de consolidação das aprendizagens.

No próximo ano letivo estas provas já vão ter a designação de "prova final" e contar 25 por cento para a nota final do aluno, ponderação que subirá para 30 por cento nos anos seguintes, à semelhança dos exames.