Memória de Joaquim Casimiro acompanhará lutas da CNA

por Agência LUSA

A memória do dirigente histórico e fundador da Confederação Nacional da Agricultura Joaquim Casimiro, que foi hoje a enterrar no cemitério de Charnais (Alenquer), acompanhará as lutas da CNA, afirmou hoje um dirigente da organização.

João Vieira, da direcção nacional da CNA, disse no funeral de Joaquim Casimiro que a sua memória irá "continuar para sempre em todos os combates da CNA para que haja mais justiça e dignidade nos campos".

Em declarações à agência Lusa, o responsável salientou que aquele fundador da confederação, em 1978, foi "um grande lutador que durante grande parte da sua vida deu um forte contributo para a defesa dos interesses dos agricultores e da agricultura".

O funeral de Joaquim Casimiro juntou cerca de duas centenas de pessoas entre as quais figuras como o ex- ministro da Agricultura e actual assessor do Presidente da República, Sevinate Pinto, o actual secretário de Estado Luís Vieira, o ex-secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, e dirigentes da CNA e CONFAGRI.

O corpo do dirigente associativo saiu da Casa Mortuária das Águas para o cemitério de Charnais coberto pelas bandeiras nacional e do PCP, partido de que era militante.

Coube a Agostinho Lopes, membro do secretariado e da comissão política do PCP, homenagear "em nome da direcção do PCP o militante Joaquim Casimiro enquanto impulsionador e construtor do principal movimento do campesinato português".

Joaquim Casimiro tinha 59 anos e morreu segunda- feira à noite, vítima de doença prolongada.

Além de fundador da CNA era o representante actual da estrutura no Conselho Económico e Social (CES).

Ainda segundo a CNA, "foi um abnegado construtor do movimento associativo da lavoura e um firme defensor da agricultura familiar portuguesa logo após o 25 de Abril de 1974".

Em 2003, por ocasião dos 25 anos desta organização e do IV congresso da Confederação, Joaquim Casimiro foi agraciado pela Presidência da República com a Comenda da Ordem de Mérito Agrícola.

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