Milhões avançam para obras nos aeroportos de Lisboa e Montijo

A ANA - Aeroportos de Portugal vai investir mais de 1700 milhões de euros na expansão do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e na construção do novo aeroporto no Montijo.

Mário Aleixo - RTP /
As obras no aeroporto de Lisboa vão avançar Rafael Marchante - Reuters

Na cerimónia de assinatura do acordo de financiamento do novo aeroporto do Montijo, na Base da Força Aérea, que em 2022 deverá estar pronta para o uso civil, marcarão presença o primeiro-ministro, António Costa, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, o responsável máximo da Vinci, Xavier Huillard, e o presidente da Vinci Aeroportos, Nicolas Notebaert.

A assinatura vai ocorrer quando ainda não foi entregue o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) pela ANA, tendo, na semana passada, Pedro Marques assegurado que serão cumpridas integralmente as eventuais medidas de mitigação que venham a ser definidas e que o documento deve ser entregue no primeiro trimestre.

Os jornais desta terça-feira revelam que o acordo que vai ser assinado com o Governo prevê que as taxas aeroportuárias no Montijo vão ser mais baratas.

Para já, avançam as obras no aeroporto de Lisboa, como conta a jornalista Rosa Azevedo.

Entre a população do Montijo espera-se que o aeroporto traga desenvolvimento à cidade e à margem sul. Mas há os que têm dúvidas e desconfiança.

A repórter Arlinda Brandão foi saber das expectativas de quem vai ter turistas e aviões por perto.

Se para o comércio a construção do aeroporto é encarada como um impulso ao negócio, com a hipótese de mais clientes e vendas, para os residentes no concelho da Moita a questão não é pacífica.

Uns estão preocupados como o aumento do ruído, perda de qualidade de vida, risco de acidentes aéreos e danos nas habitações. Outros residentes sublinham que já estão habituados com o som dos aviões militares e que o novo aeroporto vai criar emprego.

A reportagem junto da população com o jornalista João Ramalhinho.

O presidente da Câmara Municipal da Moita disse à Antena 1 que o Governo não deveria assinar o acordo antes da aprovado o plano de impacto ambiental e sublinha que a nova infraestrutura não vai resolver de forma definitiva as necessidades do país e terá graves impactos na qualidade de vida da população com ruído e poluição, mas também consequências negativas para a avifauna local.
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