Militar da GNR morre em acidente de viação

Um militar da GNR morreu, e outro ficou ferido, esta madrugada em Timor-Leste vítimas de um acidente de viação quando o jipe onde se faziam deslocar se despenhou numa ravina. Os dois militares dirigiam-se à aldeia de Uatulari, no distrito de Viqueque, juntamente com uma equipa para desactivação de um engenho explosivo encontrado naquela localidade.

RTP /

Os dois militares faziam parte de uma equipa de desactivação de explosivos e seguiam acompanhada de outra viatura de escolta, com mais três militares e um elemento do INEM, que habitualmente acompanha esse tipo de missões, quando a viatura onde seguiam se despenhou numa ravina a cerca de 10 quilómetros de Manatuto pelas 6 horas locais, 22 horas de domingo em Lisboa.

"Numa curva à direita bastante apertada e em zona de escarpa, a viatura da frente não conseguiu descrever a curva e precipitou-se na ravina. Os colegas do carro que seguia atrás aperceberam-se e procuraram de imediato aceder ao local, com o equipamento do INEM", contou comandante do sub-agrupamento Bravo da GNR, o capitão Marco Santos.

"Quando conseguiram chegar ao ponto onde a viatura tinha caído, de difícil acesso, depararam com o condutor, o cabo José Branquinho, de Santa Comba Dão, aparentemente com escoriações e hematomas, enquanto era visível que o estado do acompanhante, o sargento-ajudante Hermenegildo Marques, de Évora, era já preocupante, disse o capitão.

Os dois feridos foram transportados para a unidade hospitalar das Nações Unidas, em Díli, mas Hermenegildo Marques acabaria por falecer, enquanto o cabo José Branquinho foi transportado para a Austrália, como medida de precaução, mas o seu estado é considerado "estável".

Segundo a GNR o corpo do militar que faleceu deverá ser transportado para Portugal no final da semana, uma decisão que está dependente das Nações Unidas que lideram os militares portugueses presentes em Timor-Leste

Xanana Gusmão lamenta morte de militar português

O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, já lamentou a morte do militar português da GNR e numa carta de condolências enviada a José Sócrates refere que "foi com profundo pesar" que teve conhecimento da morte do Sargento-Ajudante Hermenegildo Manuel Almeida Marques, chefe da equipa de inactivação de engenhos explosivos do sub-agrupamento Bravo da Guarda Nacional Republicana.

O primeiro-ministro timorense refere ainda o importante papel da GNR em Timor como "um contributo notável para a normalização da situação de segurança interna de Timor-Leste, devendo-se aos seus militares, pela entrega, dedicação e sacrifício à causa pública, a circunstância de os timorenses viverem hoje em paz e segurança".

"Permita-me, senhor primeiro ministro, apresentar as minhas sentidas condolências por este trágico acontecimento, solicitando que estas sejam igualmente endereçadas à família do sargento-ajudante Hermenegildo Marques, que deu a vida ao serviço de Timor-Leste, bem como ao comando da Guarda Nacional Republicana", finaliza a carta de Xanana Gusmão.

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