Militar suspeito em prisão preventiva
O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decretou a prisão preventiva de um dos três militares que foram detidos, juntamente com dois civis, por suspeita de crimes de corrupção relacionados com contratos de reequipamento da marinha.
Aos outros dois militares o tribunal decidiu aplicar a suspensão de função pública.
Segundo um comunicado distribuído aos jornalistas no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa os dois outros arguidos (os civis) foram libertados mediante o pagamento de uma caução.
Ao primeiro foi decretada uma "caução económica no valor de 300.000 euros e a obrigação de apresentação semanal" enquanto ao segundo foi aplicada uma "caução de 75.000 euros" e também a "obrigação de apresentação semanal".
Três militares e dois civis foram detidos quarta-feira pela Polícia Judiciária por suspeitas de crimes de natureza económico- financeira e foram ouvidos desde o início da tarde de quinta-feira no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa.
Os oficiais, que passaram a noite de quarta-feira detidos em instalações militares, são dois capitães-de-fragata (posto equivalente a tenente-coronel no Exército e na Força Aérea), que prestavam serviço nos Estaleiros do Alfeite, na margem Sul do Tejo, e na Direcção-Geral de Navios, no Edifício do Estado-Maior da Armada, na Praça do Comércio, em Lisboa.
O terceiro elemento da Marinha detido pertencia à Direcção de Abastecimentos, na Praça do Comércio.
Segundo a edição de quinta-feira do Correio da Manhã, os detidos são suspeitos de corrupção em contratos celebrados com uma empresa privada para a manutenção dos mísseis que equipam as três fragatas da classe "Vasco da Gama".