Ministério Público iliba Luís Figo no caso Taguspark
O Ministério Público concluiu o inquérito ao contrato celebrado entre a Taguspark e o ex-futebolista Luís Figo. São três os acusados neste processo em que o antigo jogador internacional ficou ilibado de qualquer suspeição.
Foi o jornal Expresso na sua edição on-line que avançou a notícia. O Ministério Público deu por findo o inquérito e chegada à hora de optar por formular uma acusação ou mandar arquivar o processo decidiu promover a acusação a três arguidos por corrupção passiva. São eles, Rui Pedro Soares, ex-administrador da PT, Américo Thomati, presidente da comissão executiva do Taguspark, e João Carlos Silva, administrador da Taguspark.
Nenhum dos agora acusados no processo Taguspark quis pronunciar-se sobre a notícia ou sobre a eventual acusação não confirmando sequer se dela foram notificados.
Luís Figo foi completamente ilibado de acordo com o mesmo jornal.
Recorde-se que o processo teve início com base em escutas telefónicas efectuadas no âmbito do processo face oculta em que alegadamente a PT e a Taguspark teria dado contrapartidas, por intermédio de Rui Pedro Soares, ao jogador internacional português com a finalidade deste apoiar a campanha de José Sócrates à frente do Partido Socialista nas eleições legislativas de Setembro de 2009.
Repetidamente Luís Figo negou que o apoio não tivesse sido pessoal e desinteressado do ponto de vista financeiro, rejeitando ter alguma vez recebido dinheiro para participar no mediático pequeno-almoço que simbolizou então o seu apoio ao primeiro-ministro que se recandidatava a ocupar o cargo de líder do executivo.
A Operação Face Oculta foi desencadeada pela Polícia Judiciária no dia 28 de Outubro de 2009 em vários pontos do país, no âmbito de uma investigação relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais.
No decorrer dessa operação foram efectuadas cerca de 30 buscas, domiciliárias e a postos de trabalho, e pelo menos 18 pessoas foram constituídas arguidas, incluindo Armando Vara, ex-ministro socialista e vice-presidente do BCP, que suspendeu as suas funções na instituição bancária, José Penedos, presidente da REN - Redes Eléctricas Nacionais, a quem o tribunal suspendeu de funções, e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA, de Manuel José Godinho.