O Ministério Público abriu um inquérito na sequência de uma auditoria às contas da Ordem dos Advogados, que abrange o mandato da ex-bastonária Elina Fraga.
A Procuradoria-Geral da República confirma que recebeu, em novembro, o relatório de auditoria realizado às contas e procedimentos da Ordem dos Advogados (nos triénios 2011/2013 e 2014/2016). “Essa documentação foi remetida ao DIAP de Lisboa, onde deu origem a um inquérito que se encontra em investigação”, informa a PGR.
Uma parte deste período refere-se ao tempo em que Elina Fraga foi bastonária da Ordem dos Advogados (2014-2016). No triénio de 2011-2013 era bastonário Marinho e Pinto.
A Procuradoria realça, no entanto, que a investigação “não tem arguidos constituídos”.
A auditoria em causa foi feita a pedido do atual bastonário da Ordem dos Advogados.
Elina Fraga foi eleita este fim de semana uma das vice-presidentes do PSD e essa decisão foi contestada no próprio Congresso Nacional do partido com assobios e apupos e gerou a indignação da ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz e de outros sociais-democratas.
A antiga titular da pasta da Justiça acusou, em declarações ao jornal Observador, Rui Rio de traição por essa decisão.
Em causa está uma queixa apresentada por Elina Fraga, em 2014, contra todos os ministros do Governo PSD/CDS de Pedro Passos Coelho que aprovaram o mapa judiciário.
c/Lusa
