Ministro da Saúde aberto à continuação diálogo com os municípios

O ministro da Saúde, Correia de Campos disse, hoje, em Guimarães que continuará o diálogo directo com os municípios, que o solicitarem, sobre o encerramento nocturno dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP`s).

Agência LUSA /

"Já recebi 47 autarquias e tenho diversos pedidos para novas reuniões que irei fazer", afirmou o ministro, garantindo que o diálogo directo se processa também com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

Correia de Campos falava aos jornalistas no final da inauguração, em Ponte, Guimarães, de uma Unidade Familiar de Saúde (UFS).

O ministro esteve, toda a manhã, no distrito de Braga onde inaugurou ainda uma Extensão de Saúde em Delães, Vila Nova de Famalicão e um Centro de Saúde em Vizela.

Questionado sobre a intenção da ANMP de apresentar um plano para solucionar a problemática das urgências e dos SAP`s, Correia de Campos disse que mantém uma relação de cooperação com o organismo, mas sublinhou que ainda não conhecia a proposta.

"Temos uma relação de cooperação muito frutuosa pelo que, se alguém pensa que pode meter intrigas pelo meio que se desengane", afirmou.

Como exemplo da "boa relação" com a ANMP apontou a discrição havida em todo o processo, frisando que enviou ao organismo uma proposta de protocolo e obteve a respectiva resposta sem que tal tivesse sido divulgado.

Referiu-se à contestação de que tem sido alvo em vários municípios, de forma lacónica, dizendo apenas que "em todos os países democráticos há contestação e progresso, e uma não exclui a outra".

Nas várias UFS que visitou deixou a mensagem de que a política para o sector, passa pelos cuidados primários com a "proximidade" das Unidades Familiares de Saúde, pelos Cuidados Continuados, que se dirigem às pessoas idosas ou com incapacidade e por uma gestão orçamental de boas contas.

Sustentou que as UFS fazem com que seja possível a um utente, num horário mais alargado, não só ter o seu médico de família "como combinar a hora mais conveniente de um consulta".

"Aqui há uma forte ligação entre os profissionais de saúde e os utentes", sublinhou, frisando que "estas Unidades acabarão com as longas esperas nos centros de saúde e com as idas de madrugada para se conseguir uma consulta".

NO domínio dos cuidados continuados, o ministro disse que, "hoje há um organismo de saúde a tratar dos problemas, ao contrário do que antes sucedia, quando eram as famílias a ter de arranjar lugar para um idoso ou uma pessoa dependente".

Lembrou que o Ministério da Saúde tem o mesmo orçamento há três anos - o que, na realidade, se traduz numa diminuição devido à inflação - para defender "a fórmula de que só com boas contas haverá bom Serviço Nacional de Saúde".

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