Ministro da Saúde promete "avaliação criteriosa" de eventual fecho de maternidades

por RTP

Foto: Rodrigo Antunes - Lusa

O ministro da Saúde garante que não vai ser tomada nenhuma decisão sobre o encerramento de maternidades até ao fim deste ano. Manuel Pizarro adiantou também, na Grande Entrevista da RTP 3, que os horários dos centros de saúde poderão ser alargados no próximo inverno.

O grupo de peritos encarregue de propor uma solução para as urgências de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) propôs ao Governo o fecho do atendimento SOS em dois hospitais da Grande Lisboa e dois na área geográfica da administração regional do Centro.

O ministro garantiu que o Governo irá fazer uma “avaliação criteriosa” ao estudo preliminar que propõe “muitas medidas entre as quais, o eventual fecho de maternidades”.

Não lhe posso responder se vão ou não encerrar, vamos fazer uma avaliação. Nunca (fechar) nos próximos meses, seguramente que não até final do ano”, frisou, sublinhando estar empenhado em garantir que o sistema público de maternidades “funciona”.

Manuel Pizarro disse ainda que a "decisão do encerramento de maternidades, por exemplo", vai ser da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde.

O ministro adiantou também que está a ser preparado “um plano para o inverno que não é só para as maternidades”, salientando que está atento aos problemas de escalas de médicos no Natal e Ano Novo.

“Estamos a preparar um plano para o inverno que não é só para as maternidades. Está a ser preparado muito ativamente. Mas não tenho uma varinha mágica de que garanta que tudo vai funcionar na perfeição”, sublinhou, acrescentando que os horários dos centros de saúde podem vir a ser alargados caso o sistema de monitorização de incidência de crises respiratórios assim o diga.
"Maior" verba "dos últimos anos"

Na Grande Entrevista, o ministro referiu ainda que a verba do Orçamento do Estado para a saúde, de cerca de 15 mil milhões de euros, é a “maior dos últimos anos”, avançando que há “maleabilidade para transferência de verbas para despesa com pessoal nos hospitais”.

Manuel Pizarro afiançou que a valorização dos profissionais é uma das prioridades da sua governação, salientando, também que, “às vezes o problema não é o dinheiro (orçamento) mas sim mudar regras que são rígidas e não valorizam as pessoas”.

“As negociações com os enfermeiros e os médicos vão começar nas próximas semanas”, disse, explicando que há um compromisso com os enfermeiros na contagem de pontos da carreira interrompido há alguns anos.

“Vai permitir que os enfermeiros subam um ou dois escalões na sua profissão o que já poderá fazer muita diferença”, explicou.

Veja aqui, na íntegra, a Grande Entrevista com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
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