Ministro referia-se a sobras de medicamentos
O Ministério da Saúde esclareceu que Correia de Campos se referia a sobras de medicamentos deixados nas farmácias e não a remédios fora de prazo quando quinta-feira aconselhou a entrega dos desperdícios "a pobres".
A rádio TSF noticiou hoje que Correia de Campos aconselhou quinta-feira numa conferência da Ordem dos Economistas a entrega "a pobres" de medicamentos fora de prazo, como forma de evitar o desperdício de fármacos.
O comentário do ministro da Saúde seguiu-se, de acordo com a TSF, a uma interpelação de um representante da Associação Nacional de Farmácias (ANF), que exibiu um saco com medicamentos fora de prazo, no valor de 1.700 euros.
Em declarações à Lusa, a assessora de imprensa de Correia de Campos esclareceu que o representante da ANF não disse que se tratava de medicamentos fora de prazo, mas sim remédios entregues nas farmácias.
A mesma fonte assegura que o ministro "nunca se referiu a medicamentos fora de prazo".
A discussão surgiu quando foi abordado um estudo realizado em 2005 pela ANF e pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro sobre desperdício de medicamentos.
De acordo com a TSF, o ministro da Saúde referiu que "toda a gente sabe" que há desperdício de medicamentos, nomeadamente que por vezes os utentes compram unidades a mais do que necessitam.
"Certamente essa Associação [Associação Nacional de Farmácias, a que pertence o participante] tem pobres inscritos. Talvez pudesse facultar esses produtos farmacêuticos para serem utilizados", recomendou o ministro.