Montenegro diz que "não há razão para não dialogar com todos" sobre lei dos estrangeiros

O presidente do PSD disse hoje que há condições para continuar "a dialogar com todos" sobre a lei dos estrangeiros e, sobre as exigências do Chega quanto a apoios sociais, disse que "esse não é um assunto que esteja plasmado" neste diploma.

Lusa /
Rui Minderico - Lusa

À margem de uma ação de pré-campanha autárquica em Almada, Luís Montenegro foi questionado sobre o tema, na véspera de a lei ser novamente discutida e votada após o chumbo do Tribunal Constitucional.

"Nós estamos a incitar todos os contactos e a interagir com todos os grupos parlamentares de forma a garantir-nos que esse dossier, essa legislação fique estabilizada, fique aprovada, fiquem resolvidos os problemas que foram suscitados em sede da precisão do Tribunal Constitucional", afirmou o também primeiro-ministro.

Questionado se está mais próximo de aprovar a lei com o PS ou o Chega, remeteu essa avaliação para os deputados.

"O que eu expressei como orientação do presidente do PSD para a nossa bancada foi que nós temos o diálogo aberto com todos os partidos e, portanto, não há razão para deixar de dialogar com todos, naturalmente apostando num apoio àqueles que são os princípios essenciais da nossa proposta", disse.

Montenegro preferiu não falar de um cenário em que a lei possa não ser aprovada e, à pergunta, se está disponível para ceder nos apoios sociais, uma condição colocada pelo Chega para aprovar a nova versão do textp, respondeu que "esse não é um assunto que esteja plasmado nesta lei".

"Aquilo que eu desejo é que o parlamento faça a sua discussão, a sua discussão concentrada naquilo que é o objeto da lei, para podermos passar àquilo que verdadeiramente interessa, que é termos um período de funcionamento de uma política migratória regulada, que dignifique as pessoas que vêm trabalhar para Portugal e que ajude a economia a poder ter os reforços de mão de obra e de recursos humanos que precisamos para sermos competitivos", desejou.

O presidente do Chega colocou hoje como condição para um acordo em torno da lei de estrangeiros que a nova legislação estipule que os imigrantes tenham de ter cinco anos de descontos para poderem receber apoios sociais.

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