Mora lidera percentagem de perda de população no distrito de Évora

por Lusa

Mora é o concelho do Alentejo Central com maior perda de população e Vendas Novas foi o que perdeu menos residentes na última década, em termos percentuais, segundo os resultados preliminares dos Censos 2021.

Os dados dos Censos de 2021, revelados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), dão a Mora a "liderança" na percentagem de perda populacional na Unidade Territorial para Fins Estatísticos (NUT) de nível III do Alentejo Central, que engloba os 14 municípios do distrito de Évora.

Em 2011, o concelho de Mora possuía 4.978 habitantes, mas, passada uma década, conta com 4.128 residentes, ou seja, perdeu 17,1% da população (menos 850 pessoas).

Já Vendas Novas, que tinha 11.846 habitantes, em 2011, foi o município desta zona do país que menos perdeu população, em termos percentuais -- menos 5,1% -, e conta com 11.240 habitantes (tem menos 606).

Em termos globais, nos últimos 10 anos, o Alentejo foi a NUT de nível II com a quebra mais expressiva de população em Portugal (-6,9%), de acordo com os resultados preliminares dos Censos 2021.

Na análise efetuada hoje pela agência Lusa ao Alentejo Central, uma das NUT III do Alentejo, é possível constatar que todos os municípios do distrito de Évora perderam população residente, entre 2011 e 2021.

No `ranking` dos cinco concelhos com maiores perdas, em termos percentuais, seguem-se, logo depois de Mora, os de Alandroal (-14,3%), Borba (-12,3%), Estremoz (-11,4%) e Vila Viçosa (11,2%).

Já o "top 5" dos que tiveram quebras menos expressivas, a seguir a Vendas Novas, é formado por Évora (-5,4%), Viana do Alentejo (-7,3%), Reguengos de Monsaraz (-8,8%) e Montemor-o-Novo (-9,4%).

O concelho capital de distrito, o mais populoso, apesar de ser um dos que contabiliza menor percentagem de perda, é aquele que tem a maior descida em termos absolutos, com menos 3.028 habitantes (passou de 56.596 para 53.568 pessoas, em 10 anos).

Ainda no Alentejo Central, o decréscimo populacional foi de 11,6% em Mourão, 10,6% em Portel e Redondo e 10,3% em Arraiolos.

Portugal tem 10.347.892 residentes, menos 214.286 do que em 2011, segundo os resultados preliminares dos censos 2021.

Trata-se de uma quebra de 2% relativamente a 2011, consequência de um saldo natural negativo (-250.066 pessoas, segundo os dados provisórios).

O saldo migratório, apesar de positivo, não foi suficiente para inverter a quebra populacional, segundo o INE, que sublinha que, em termos censitários, a única década em que se verificou um decréscimo populacional foi entre 1960 e 1970.

O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) foram as únicas regiões que registaram um crescimento da população nos últimos 10 anos.

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