País
Morreu a deputada Maria José Nogueira Pinto
A deputada independente eleita pelas listas do PSD Maria José Nogueira Pinto morreu hoje, aos 59 anos, vítima de doença prolongada. Deputados e colegas de bancada são unânimes na ideia de que se perdeu uma parlamentar invulgar. Numa mensagem à família, a Presidência da República destaca a mulher de fé e de causas, vendo na parlamentar um exemplo para todos os portugueses.
Maria José Pinto da Cunha Avilez Nogueira Pinto foi deputada eleita pelo CDS-PP de 1995 a 1999 e desde 2009 nas listas do PSD. Jurista de formação (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra), foi subsecretária de Estado da Cultura de Cavaco Silva, dirigiu a Maternidade Alfredo da Costa e foi Provedora da Santa Casa da Misericórdia
Na atual legislatura, esteve presente nas duas primeiras sessões plenárias, referentes à eleição da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, mas já não compareceu à discussão do Programa do Governo, nas passadas quinta e sexta-feira.
Apesar da doença, Maria José Nogueira Pinto manteve os seus comentários na SIC Notícias e continuou a escrever artigos para o Diário de Notícias.
Uma personalidade de invulgar dimensão humana
O Presidente Cavaco Silva lamentou também ele a morte da deputada independente, que recorda como uma "mulher de fé e de causas" e um "exemplo para todos", o que o leva a considerar que "Portugal perdeu hoje uma personalidade de invulgar dimensão humana".
Numa mensagem de condolências à família divulgada no 'site' da Presidência da República, o chefe de Estado destaca ainda a "personalidade marcante da vida pública portuguesa" que "sempre se destacou pela firmeza de caráter e pela frontalidade que colocava na defesa das suas convicções".
"As suas intervenções, como cidadã, como intelectual e jurista, como governante, deputada e dirigente política, caracterizavam-se pelo vigor da inteligência e pelo rigor da independência", faz notar Cavaco Silva, para acrescentar que Maria José Nogueira pinto "tinha como valores de vida o amor por Portugal e a crença profunda no papel insubstituível da Família como célula essencial de uma sociedade justa. Em nome de um Portugal mais justo, trabalhou incansavelmente, com a vontade férrea que nela sempre admirámos. A sua ação e o seu dinamismo marcaram profundamente instituições como a Maternidade Alfredo da Costa ou a Misericórdia de Lisboa".
Uma mulher sem medo e com pensamento independente
Em declarações à Agência Lusa, Maria de Belém, líder da bancada socialista, disse ter recebido com "enorme consternação" a notícia da morte de Maria José Nogueira Pinto, considerando que o país perde "uma mulher sem medo" e com pensamento independente.
"Estamos perante o desaparecimento precoce de alguém que nos é próximo, o que é sempre extremamente doloroso. Do ponto de vista das intervenções cívica e política que a doutora Maria José Nogueira Pinto tinha, trata-se de uma perda para o país", afirmou a ex-ministra da Saúde de António Guterres, que trabalhou com a deputada independente do PSD vários anos na Misericórdia de Lisboa.
"Era uma pessoa com uma projeção pública de qualidade, que fica a faltar a Portugal. Além do desgosto sentido pela sua família, quando alguém desaparece na flor da idade é sempre uma riqueza que se perde, não do ponto de vista material, mas na sua expressão imaterial. Estou muito triste", sublinhou Maria de Belém.
Do ponto de vista político, Maria de Belém definiu Maria José Nogueira Pinto como "uma mulher independente, com pensamento próprio, com capacidade para fazer as suas próprias escolhas e opções, independentemente do seu quadrante ideológico".
"Uma mulher de fibra, foi aliás a primeira líder parlamentar mulher (pelo CDS-PP) no quadro da Assembleia da República e sempre se afirmou muito através de uma postura muito própria e de uma maneira de ser muito assumida", apontou a líder parlamentar socialista, para acrescentar que Portugal precisa "de gente sem medo e Maria José Nogueira Pinto era uma mulher sem medo".
Uma grande perda para Portugal
O deputado e antigo presidente do CDS-PP José Ribeiro e Castro enaltece o exemplo de "coragem" e "verticalidade" de Nogueira Pinto, cujo desaparecimento vê como uma "grande perda para Portugal".
"A morte da Maria José Nogueira Pinto é uma grande perda para Portugal, para o nosso tempo. É também, no meu caso pessoal, a perda de uma amiga que vai fazer muita falta àqueles que lhe são mais próximos, à sua família e aqueles que tiveram a sua companhia e o seu conselho durante muitos anos", afirmou Ribeiro e Castro em declarações registadas pela Lusa.
O antigo presidente democrata-cristão sublinhou que Maria José Nogueira Pinto "foi uma mulher de intensa intervenção pública, de grande sentido cívico, e que marcou muito os últimos anos da vida portuguesa, em diferentes áreas onde interveio". Ribeiro e Castro lembrou igualmente a sua faceta de "católica" e "cristã empenhada", que "procurou sempre viver na companhia de Deus, que é uma coisa difícil"
Sublinhando “nesta última etapa difícil da sua vida, a coragem que foi talvez um dos traços mais característicos da sua presença na vida portuguesa”, o social-democrata considera que Nogueira Pinto "foi um exemplo e uma inspiração” mostrando como, afetada pela doença, “manteve um combate político como candidata e fazendo-se reeleger deputada".
"Era uma mulher muito clara na afirmação das suas convicções, mas decerto colherá unanimidade de todos nós nesta casa a forma extremamente digna como viveu a esteve sempre presente nos trabalhos parlamentares e na vida política nestes últimos meses da sua vida", afirmou Ribeiro e Castro numa declaração aos jornalistas a partir do Parlamento.
Testemunho de serviço público extraordinário
João Almeida, porta-voz do CDS-PP, lamentou esta notícia "triste e violenta" da morte de uma personalidade que deixou "um testemunho de serviço público extraordinário em muitas áreas, não só na política, ao nível social, ao nível cultural, pondo sempre em cada uma dessas causas um espírito de combatividade que fazia com que cada uma delas fosse para a doutora Maria José Nogueira Pinto a batalha mais importante, nunca era a última, era a mais importante".
O vice-presidente democrata-cristão, que foi seu chefe de gabinete na Câmara de Lisboa, lamentou a "partida muito prematura" da atual deputada independente do PSD.
"A doutora Maria José Nogueira Pinto foi uma pessoa que sempre pôs uma enorme dedicação, convicção e espírito de luta em todas as causas pelas quais se bateu. Até ao final assim foi, nunca se resignando, mesmo em relação à doença, fazendo também da capacidade de continuar a lutar, de continuar a lutar, de continuar a defender aquilo em que acreditava o sentido maior da sua vida e o sentido maior dessa batalha", sublinhou.
Para João Almeida, "a forma como sempre travou essas lutas é provavelmente o maior testemunho que fica em termos de obra ao nível de todas as áreas em que interveio".
PSD perdeu "uma brilhante deputada"
O líder parlamentar do PSD considerou que a bancada social-democrata perdeu "uma brilhante deputada". Em declarações aos jornalistas, Luís Montenegro descreveu Maria José Nogueira Pinto como "uma mulher de uma profunda inteligência, de uma dedicação e uma capacidade de trabalho absolutamente invulgares", pelo que, "naturalmente que o grupo parlamentar do PSD sente muito este momento e sente a falta desta brilhante deputada".
Luís Montenegro falou de uma "deputada que até ao limite de todas as suas forças e energias colaborou com o grupo parlamentar do PSD, quer na anterior legislatura, quer já nesta legislatura", lembrando que "ainda na semana passada" teve a ocasião de falar com Maria José Nogueira Pinto "e de acompanhar a sua atividade parlamentar, que quis insistentemente desenvolver até ao limite da sua força".
O "currículo de atividade cívica" de Maria José Nogueira Pinto, acrescentou, "é de uma relevância extrema" e a sua morte representa "uma grande perda para a vida pública portuguesa e uma grande perda também para o grupo parlamentar do PSD".
PCP salienta "ideias profundas e fundamentadas"
O líder parlamentar do PCP expressou o lamento da sua bancada pela morte da deputada independente eleita pelo PSD, considerando que, enquanto política, defendeu sempre ideias profundas e fundamentadas do ponto de vista ideológico.
Bernardino Soares lembrou que Maria José Nogueira Pinto foi "uma deputada que ao longo de muitos anos defendeu posições contrárias" às do PCP, "mas que sempre permitiram um debate político e ideológico bem fundamentado".
"Os debates com Maria José Nogueira Pinto não eram sobre a espuma dos dias, mas sobre ideias políticas e ideológicas profundas e fundamentadas, embora opostas àquelas que sempre defendemos. Neste momento é justo assinalar o desaparecimento de uma deputada que prestigiou o debate parlamentar e defendeu na Assembleia da República as suas posições", sublinhou.
BE recorda "convicções e inteligência"
O Bloco de Esquerda lamentou o falecimento de Maria José Nogueira Pinto, caracterizando-a como uma deputada "convicta, inteligente, empenhada na valorização do Parlamento".
Enaltecendo a conduta de Maria José Nogueira Pinto à frente da Maternidade Alfredo da Costa e Misericórdia de Lisboa, o deputado João Semedo afirmou aos jornalistas que esta "é uma notícia que nos deixa chocados e uma morte que lamentamos".
Sublinhando que são "conhecidas e reconhecidas as grandes diferenças políticas e ideológicas" que separavam o seu partido de Nogueira Pinto, o bloquista fez no entanto notar que essas diferenças nunca impediram o BE "de reconhecer as suas qualidades como deputada, uma mulher determinada, convicta, inteligente, trabalhadora, empenhada na valorização do Parlamento".
Sobre o seu trabalho à frente da Maternidade e da Misericórdia de Lisboa, classificou-o como "um desempenho norteado por valores que são os que valorizamos: a defesa do interesse público e as preocupações sociais que revelou no exercício dessas funções".
Na atual legislatura, esteve presente nas duas primeiras sessões plenárias, referentes à eleição da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, mas já não compareceu à discussão do Programa do Governo, nas passadas quinta e sexta-feira.
Apesar da doença, Maria José Nogueira Pinto manteve os seus comentários na SIC Notícias e continuou a escrever artigos para o Diário de Notícias.
Uma personalidade de invulgar dimensão humana
O Presidente Cavaco Silva lamentou também ele a morte da deputada independente, que recorda como uma "mulher de fé e de causas" e um "exemplo para todos", o que o leva a considerar que "Portugal perdeu hoje uma personalidade de invulgar dimensão humana".
Numa mensagem de condolências à família divulgada no 'site' da Presidência da República, o chefe de Estado destaca ainda a "personalidade marcante da vida pública portuguesa" que "sempre se destacou pela firmeza de caráter e pela frontalidade que colocava na defesa das suas convicções".
"As suas intervenções, como cidadã, como intelectual e jurista, como governante, deputada e dirigente política, caracterizavam-se pelo vigor da inteligência e pelo rigor da independência", faz notar Cavaco Silva, para acrescentar que Maria José Nogueira pinto "tinha como valores de vida o amor por Portugal e a crença profunda no papel insubstituível da Família como célula essencial de uma sociedade justa. Em nome de um Portugal mais justo, trabalhou incansavelmente, com a vontade férrea que nela sempre admirámos. A sua ação e o seu dinamismo marcaram profundamente instituições como a Maternidade Alfredo da Costa ou a Misericórdia de Lisboa".
Uma mulher sem medo e com pensamento independente
Em declarações à Agência Lusa, Maria de Belém, líder da bancada socialista, disse ter recebido com "enorme consternação" a notícia da morte de Maria José Nogueira Pinto, considerando que o país perde "uma mulher sem medo" e com pensamento independente.
"Estamos perante o desaparecimento precoce de alguém que nos é próximo, o que é sempre extremamente doloroso. Do ponto de vista das intervenções cívica e política que a doutora Maria José Nogueira Pinto tinha, trata-se de uma perda para o país", afirmou a ex-ministra da Saúde de António Guterres, que trabalhou com a deputada independente do PSD vários anos na Misericórdia de Lisboa.
"Era uma pessoa com uma projeção pública de qualidade, que fica a faltar a Portugal. Além do desgosto sentido pela sua família, quando alguém desaparece na flor da idade é sempre uma riqueza que se perde, não do ponto de vista material, mas na sua expressão imaterial. Estou muito triste", sublinhou Maria de Belém.
Do ponto de vista político, Maria de Belém definiu Maria José Nogueira Pinto como "uma mulher independente, com pensamento próprio, com capacidade para fazer as suas próprias escolhas e opções, independentemente do seu quadrante ideológico".
"Uma mulher de fibra, foi aliás a primeira líder parlamentar mulher (pelo CDS-PP) no quadro da Assembleia da República e sempre se afirmou muito através de uma postura muito própria e de uma maneira de ser muito assumida", apontou a líder parlamentar socialista, para acrescentar que Portugal precisa "de gente sem medo e Maria José Nogueira Pinto era uma mulher sem medo".
Uma grande perda para Portugal
O deputado e antigo presidente do CDS-PP José Ribeiro e Castro enaltece o exemplo de "coragem" e "verticalidade" de Nogueira Pinto, cujo desaparecimento vê como uma "grande perda para Portugal".
"A morte da Maria José Nogueira Pinto é uma grande perda para Portugal, para o nosso tempo. É também, no meu caso pessoal, a perda de uma amiga que vai fazer muita falta àqueles que lhe são mais próximos, à sua família e aqueles que tiveram a sua companhia e o seu conselho durante muitos anos", afirmou Ribeiro e Castro em declarações registadas pela Lusa.
O antigo presidente democrata-cristão sublinhou que Maria José Nogueira Pinto "foi uma mulher de intensa intervenção pública, de grande sentido cívico, e que marcou muito os últimos anos da vida portuguesa, em diferentes áreas onde interveio". Ribeiro e Castro lembrou igualmente a sua faceta de "católica" e "cristã empenhada", que "procurou sempre viver na companhia de Deus, que é uma coisa difícil"
Sublinhando “nesta última etapa difícil da sua vida, a coragem que foi talvez um dos traços mais característicos da sua presença na vida portuguesa”, o social-democrata considera que Nogueira Pinto "foi um exemplo e uma inspiração” mostrando como, afetada pela doença, “manteve um combate político como candidata e fazendo-se reeleger deputada".
"Era uma mulher muito clara na afirmação das suas convicções, mas decerto colherá unanimidade de todos nós nesta casa a forma extremamente digna como viveu a esteve sempre presente nos trabalhos parlamentares e na vida política nestes últimos meses da sua vida", afirmou Ribeiro e Castro numa declaração aos jornalistas a partir do Parlamento.
Testemunho de serviço público extraordinário
João Almeida, porta-voz do CDS-PP, lamentou esta notícia "triste e violenta" da morte de uma personalidade que deixou "um testemunho de serviço público extraordinário em muitas áreas, não só na política, ao nível social, ao nível cultural, pondo sempre em cada uma dessas causas um espírito de combatividade que fazia com que cada uma delas fosse para a doutora Maria José Nogueira Pinto a batalha mais importante, nunca era a última, era a mais importante".
O vice-presidente democrata-cristão, que foi seu chefe de gabinete na Câmara de Lisboa, lamentou a "partida muito prematura" da atual deputada independente do PSD.
"A doutora Maria José Nogueira Pinto foi uma pessoa que sempre pôs uma enorme dedicação, convicção e espírito de luta em todas as causas pelas quais se bateu. Até ao final assim foi, nunca se resignando, mesmo em relação à doença, fazendo também da capacidade de continuar a lutar, de continuar a lutar, de continuar a defender aquilo em que acreditava o sentido maior da sua vida e o sentido maior dessa batalha", sublinhou.
Para João Almeida, "a forma como sempre travou essas lutas é provavelmente o maior testemunho que fica em termos de obra ao nível de todas as áreas em que interveio".
PSD perdeu "uma brilhante deputada"
O líder parlamentar do PSD considerou que a bancada social-democrata perdeu "uma brilhante deputada". Em declarações aos jornalistas, Luís Montenegro descreveu Maria José Nogueira Pinto como "uma mulher de uma profunda inteligência, de uma dedicação e uma capacidade de trabalho absolutamente invulgares", pelo que, "naturalmente que o grupo parlamentar do PSD sente muito este momento e sente a falta desta brilhante deputada".
Luís Montenegro falou de uma "deputada que até ao limite de todas as suas forças e energias colaborou com o grupo parlamentar do PSD, quer na anterior legislatura, quer já nesta legislatura", lembrando que "ainda na semana passada" teve a ocasião de falar com Maria José Nogueira Pinto "e de acompanhar a sua atividade parlamentar, que quis insistentemente desenvolver até ao limite da sua força".
O "currículo de atividade cívica" de Maria José Nogueira Pinto, acrescentou, "é de uma relevância extrema" e a sua morte representa "uma grande perda para a vida pública portuguesa e uma grande perda também para o grupo parlamentar do PSD".
PCP salienta "ideias profundas e fundamentadas"
O líder parlamentar do PCP expressou o lamento da sua bancada pela morte da deputada independente eleita pelo PSD, considerando que, enquanto política, defendeu sempre ideias profundas e fundamentadas do ponto de vista ideológico.
Bernardino Soares lembrou que Maria José Nogueira Pinto foi "uma deputada que ao longo de muitos anos defendeu posições contrárias" às do PCP, "mas que sempre permitiram um debate político e ideológico bem fundamentado".
"Os debates com Maria José Nogueira Pinto não eram sobre a espuma dos dias, mas sobre ideias políticas e ideológicas profundas e fundamentadas, embora opostas àquelas que sempre defendemos. Neste momento é justo assinalar o desaparecimento de uma deputada que prestigiou o debate parlamentar e defendeu na Assembleia da República as suas posições", sublinhou.
BE recorda "convicções e inteligência"
O Bloco de Esquerda lamentou o falecimento de Maria José Nogueira Pinto, caracterizando-a como uma deputada "convicta, inteligente, empenhada na valorização do Parlamento".
Enaltecendo a conduta de Maria José Nogueira Pinto à frente da Maternidade Alfredo da Costa e Misericórdia de Lisboa, o deputado João Semedo afirmou aos jornalistas que esta "é uma notícia que nos deixa chocados e uma morte que lamentamos".
Sublinhando que são "conhecidas e reconhecidas as grandes diferenças políticas e ideológicas" que separavam o seu partido de Nogueira Pinto, o bloquista fez no entanto notar que essas diferenças nunca impediram o BE "de reconhecer as suas qualidades como deputada, uma mulher determinada, convicta, inteligente, trabalhadora, empenhada na valorização do Parlamento".
Sobre o seu trabalho à frente da Maternidade e da Misericórdia de Lisboa, classificou-o como "um desempenho norteado por valores que são os que valorizamos: a defesa do interesse público e as preocupações sociais que revelou no exercício dessas funções".