Morreu o deputado socialista João Ataíde das Neves

por RTP
Lusa

O deputado do Partido Socialista tinha 61 anos e participou ainda ontem na votação da eutanásia. Morreu durante a madrugada em Coimbra.

Natural da Figueira da Foz, o juiz desembargador do Tribunal da Relação de Coimbra em licença sem vencimento, foi em 2009 eleito presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Em 2019 desempenhou as funções de secretário de Estado do Ambiente. Era atualmente deputado socialista, eleito pelo círculo de Coimbra

Morreu durante a madrugada em Coimbra, onde estava após ter regressado de Lisboa na quinta-feira. O deputado terá chegado a casa, em Coimbra, já de madrugada, confessando à mulher não se estar a sentir bem. O INEM foi chamado, mas quando chegou, João Ataíde já estava em paragem cardiorrespiratória.

Reeleito por duas vezes para a presidência desse município do litoral do distrito de Coimbra, João Ataíde desempenhou ainda, entre 2014 e 2019, o cargo de presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra, a maior do país, que reúne 19 autarquias.

Depois de ter sido representante do Ministério Público da Comarca de Idanha-a-Nova (distrito de Castelo Branco) e juiz auxiliar de Porto de Mós (Leiria), João Ataíde exerceu funções na Comarca de Celorico da Beira (Guarda) e no Tribunal Judicial de Aveiro.

Entre 1991 e 2002 exerceu as funções de juiz para o Círculo Judicial da Figueira da Foz, assumindo, depois, o cargo de Director Nacional Adjunto da Polícia Judiciária de Coimbra, sendo em 2004 nomeado Director Nacional Adjunto da mesma polícia no Porto.

Regressou, no ano seguinte à Figueira da Foz, onde foi nomeado juiz auxiliar para o Tribunal da Relação de Coimbra e, em 2007, juiz desembargador do Tribunal da Relação do Porto e, em 2008, no Tribunal da Relação de Coimbra, onde se manteve até concorrer à presidência da Câmara da Figueira da Foz, em 2009, tendo pedido uma licença sem vencimento.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática João Matos Fernandes considerou que João Ataíde foi “um exemplo de serviço público” nos vários cargos que ocupou. Numa nota de condolências, Matos Fernandes realça a “excecional capacidade profissional e política e de dedicação à causa ambiental” e apresenta condolências à família e amigos.
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