Morreu o empresário Pedro Queiroz Pereira

por Antena 1

Foto: Arquivo Lusa

Morreu no sábado o empresário Pedro Queiroz Pereira. Tinha 69 anos e era o proprietário da Navigator - antiga Portucel - e da cimenteira Secil.

Segundo a revista Exame, era detentor de uma fortuna avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe), o que fazia dele o sétimo mais rico do país.

De acordo com a lista dos dez mais ricos de Portugal divulgada em julho pela revista Forbes, porém, estava na quinta posição, com uma fortuna estimada em mais de mil milhões de euros.

O jornal Expresso recorda a sua última entrevista ao semanário, a 6 de fevereiro de 2016, na qual deixou no ar a ameaça de cancelar os investimentos que tinha previsto para Portugal, na sequência da decisão do Governo de travar a expansão da área de eucalipto no país, no âmbito do acordo alcançado com o Partido Ecologista os Verdes.

Tentou controlar a Cimpor, chegou a lançar uma oferta pública de aquisição sobre a cimenteira, em conjunto com a suíça Holcim, mas acabou por ver a Cimpor entregue ao bloco Teixeira Duarte, BCP e Lafarge.

Tinha uma ligação histórica ao Grupo Espírito Santo, do qual era acionista, mas o caso Cimpor acabou por marcar uma rutura com Ricardo Salgado, a quem chegou a acusar de traição.

O Expresso lembra ainda que "a guerra com Salgado foi determinante para o colapso do Grupo Espírito Santo".
"Grande industrial português"

Marcelo Rebelo de Sousa lamentou a morte "prematura" de Pedro Queiroz Pereira, lembrando o "grande industrial" que foi.

Na nota de pesar publicada no portal da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa "apresenta suas sentidas condolências à família de Pedro Queiroz Pereira".

O Presidente da República lamenta ainda "o prematuro desaparecimento desse grande industrial português".

c/Lusa
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