País
Motoristas pedem reunião para evitar greve do dia 12
O vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, Pedro Pardal Henriques, afirmou na quarta-feira à noite que pediu "uma nova reunião ao Ministério das Infraestruturas para tentar um acordo e assim evitar a greve" dos motoristas do próximo dia 12.
Em declarações à RTP3, no programa Grande Entrevista, Pedro Pardal Henriques explicou que "a reunião foi informalmente aceite pelo Ministério das Infraestruturas" e deverá realizar-se na próxima segunda-feira, dia 5 de agosto.
A greve dos motoristas, marcada para 12 de agosto, só será desconvocada se a ANTRAM recuar e aceitar o que está assinado com os camionistas, adiantou o advogado do sindicato.
O mesmo responsável frisou que só um recuo da associação dos transportadores fará com que a greve seja desconvocada.
O mesmo responsável frisou que só um recuo da associação dos transportadores fará com que a greve seja desconvocada.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, marcada para 12 de agosto, é um recurso extremo.
Pedro Pardal Henriques, advogado do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, explicou na RTP3, que a greve foi o último recurso, e só acontecerá se a ANTRAM se recusar a cumprir o que prometeu.
Pedro Pardal Henriques, advogado do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, explicou na RTP3, que a greve foi o último recurso, e só acontecerá se a ANTRAM se recusar a cumprir o que prometeu.
"Há sempre a hipótese de a greve ser desconvocada, estamos sempre dispostos a negociar", garantiu Pedro Pardal Henriques.
Abastecimento de combustíveis e mercadorias em risco
A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa em 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.
O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, considerou que "todos" devem estar preparados para os "transtornos" da greve dos motoristas de mercadorias, enquanto o responsável pela tutela das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, assegurou que o Governo está "a trabalhar" naquela questão e que os serviços mínimos "serão numa dimensão muito satisfatória".
Recorde-se que a greve do SNMMP iniciada em 15 de abril levou à falta de combustíveis em vários postos de abastecimento em todo o país, tendo o Governo acabado por decretar uma requisição civil e convidar as partes a sentarem-se à mesa das negociações.
O SIMM já veio dizer que as consequências desta greve serão mais graves do que as sentidas em abril, já que, além dos combustíveis, vai afetar o abastecimento às grandes superfícies, à indústria e aos serviços, podendo "faltar alimentos e outros bens nos supermercados".
