Movimento Esperança Portugal reconhecido como partido pelo Tribunal Constitucional
Lisboa, 30 Jul (Lusa) - O Movimento Esperança Portugal (MEP) foi reconhecido como partido político pelo Tribunal Constitucional, informou hoje a estrutura liderada por Rui Marques, que tinha entregado o processo de reconhecimento, subscrito por 9.888 assinaturas, a 27 de Junho.
"Entre os subscritores verificou-se uma presença maciça de jovens com menos de 30 anos e uma presença maioritária de mulheres (55 por cento)", revela em nota de imprensa o partido liderado pelo antigo alto-comissário para a Imigração.
Assumindo-se como "um partido de centro", o Movimento Esperança Portugal afirma que essa opção se evidencia "na sua visão do Estado e do mercado", além de o definir como um projecto político "entusiasta da União Europeia e empenhado na sua construção".
O símbolo - um círculo verde com um `E` no centro - pretende representar "a centralidade da esperança, mas também do empenho, do entusiasmo e da energia que o projecto quer protagonizar".
O novo partido, o 16º a surgir no espectro nacional, realiza o seu primeiro congresso nos dias 04 e 05 de Outubro no Hotel Vila Galé, na Ericeira, "freguesia do País onde mais assinaturas do Movimento foram recolhidas (385)".
No congresso deverá ser aprovado o programa (cuja versão provisória está disponível em www.mep.pt) com as linhas orientadoras do MEP para as seguintes dez áreas: Educação/Formação, Ensino Superior e Ciência; Família e Solidariedade Social; Saúde; Economia e Trabalho; Ambiente e Ordenamento do Território; Justiça; Finanças; Segurança e Defesa; Negócios Estrangeiros e Cultura.
O partido salienta que a todas estas áreas é transversal "a prioridade dada à justiça social, coesão e inclusão".
Isso reflecte-se "na permanente preocupação de `não deixar ninguém para trás`, `criar riqueza para todos`, `vencer com os outros e não contra os outros`", sendo esta "a principal bandeira" do Movimento.
Ainda de acordo com o comunicado de imprensa, o MEP foi apresentado "por uma nova geração de cidadãos e cidadãs comuns, sem filiações partidárias anteriores e sem notoriedade mediática, que quer dar um contributo cívico através de um maior empenhamento na política", já que esta é "uma responsabilidade de todos".
Partido "aberto à participação de independentes", o MEP vai apresentar, no início do próximo ano, o seu programa eleitoral para as Legislativas de 2009.