Não há vagas suficientes em creches para responder às necessidades das famílias

A preocupação é assumida pela associação que representa as creches privadas sobre a falta de vagas para responder às necessidades. Neste momento, há lugar para perto de 120 mil crianças, mas o país precisa de mais do dobro, à volta de duzentas e cinquenta mil vagas.

Antena 1 /

Foto: Nuno Patrício - RTP

Ouvida pela Antena 1, Susana Baptista, presidente da Associação Nacional de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Privados descreve a gravidade deste problema.

Sem solução à vista, sobram poucos recursos e o caminho acaba por nem sempre ser o melhor.

A Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino entende que o Governo tem de fazer mais.

O programa Creche Feliz - que permite uma vaga gratuita a cerca de 58 mil crianças - não chega e, na leitura de Susana Batista, também devia haver alterações nos critérios que definem as prioridades no acesso às instituições.

Há duas semanas, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social publicou uma portaria que permite, por exemplo, ter mais duas crianças por sala.

Foi ainda autorizada a reconversão de espaços nas creches para criar novas salas e assim somar seis mil vagas à oferta agora disponível.
Mas Susana Batista fala em muitas arestas por limar dentro da própria Segurança Social.

A falta de profissionais qualificados também é uma preocupação para Susana Batista.

A Antena 1 já solicitou esclarecimentos ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Aguardamos respostas.

A falta de vagas é um problema transversal. Há casos de quem não consegue encontrar uma creche, mesmo estando disposto a pagar uma mensalidade.

A jornalista Rita Soares ouviu o desabafo de Beatriz Costa, uma mãe que vive em Fátima, no concelho de Ourém e que ainda não pode concretizar o objetivo que tem há já algum tempo.

O programa Creche Feliz, que proporciona vagas gratuitas a crianças nascidas a partir de setembro de 2021, tem sido alvo de várias críticas.

Há quem se queixe de desorganização e de informações contraditórias. É o caso de Nuno Pacheco, que a jornalista Rita Soares ouviu, e que vive na incerteza.
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