Negrão diz que pedido de Cavaco confirma necessidade de "reequacionar" estratégia sobre a Ota
O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Fernando Negrão, considerou que o pedido do Presidente da República para a realização de um debate aprofundado sobre o novo aeroporto de Lisboa confirma a necessidade de "reequacionar" a estratégia.
"É uma mensagem da maior importância", afirmou Fernando Negrão, considerando que "vem confirmar a necessidade de reequacionar a estratégia de construção do novo aeroporto na Ota".
O Presidente da República, Cavaco Silva, declarou hoje que "seria altamente benéfico para o país que a Assembleia da República realizasse um debate aprofundado" sobre o futuro aeroporto, "com base em estudos realizados por organizações e instituições competentes".
Durante uma visita a uma fábrica na Covilhã, Cavaco Silva acrescentou que espera também "que seja feito um esforço para um consenso político tão amplo quanto possível" sobre este projecto.
Instado a comentar as declarações do Presidente da República, Fernando Negrão disse que são afirmações "importantes principalmente para os lisboetas".
Contudo, acrescentou, "não se podem fazer debates na Assembleia da República condicionados pela maioria", sustentou, numa referência ao debate agendado para 11 de Junho sobre a construção do novo aeroporto internacional de Lisboa.
"É preciso um debate aberto", defendeu Fernando Negrão, que falava aos jornalistas no final de uma visita ao "Lisboa Ginásio Clube", realizada no âmbito da pré-campanha para as eleições intercalares para a Câmara da capital, marcadas para 15 de Julho.
Questionado sobre se a questão da construção do novo aeroporto será um dos "trunfos" que irá utilizar contra o candidato socialista à Câmara de Lisboa, Fernando Negrão disse que será "um argumento para tentar demover António Costa da posição de defender o fim do aeroporto da Portela".
A este propósito, Fernando Negrão assinalou o "recuo" do candidato socialista, que na quinta-feira defendeu a necessidade do Governo ouvir "toda a gente, incluindo a cidade" sobre o novo construção do novo aeroporto na Ota.
"António Costa sentiu a necessidade de se demarcar do Governo", acrescentou.