Normalidade regressa à Escola Secundária da Portela encerrada hoje a cadeado
As aulas estão já a decorrer na Escola Secundária da Portela, em Sacavém, Lisboa, encerrada hoje de manhã por um grupo de alunos que contestava a actuação do Conselho Executivo, disseram à Lusa fontes das duas partes.
A presidente do Conselho Executivo, Manuela Dias, confirmou que os portões da escola foram fechados a cadeado e que a polícia identificou alguns alunos, tendo levado os cartazes que usavam durante o protesto.
Fonte da Associação de Estudantes disse que o protesto lhe valeu uma queixa-crime, apresentada pelo Conselho Executivo.
A presidente do Conselho Executivo afirmou ter recomendado aos agentes que o caso seguisse "os trâmites normais", sem adiantar pormenores.
O Conselho Executivo esteve reunido durante a manhã e segundo a presidente da Associação de Estudantes, Estefânia Lopes, os portões foram trancados antes do horário de início das aulas, tendo a manifestação estudantil começado às 08:00.
De acordo com a mesma fonte, a atitude dos estudantes visou, nomeadamente, contestar a decisão da direcção de antecipar as inscrições para o próximo ano lectivo, dificultando a transferência para outras escolas.
"Ninguém antecipou inscrições. O que se está a fazer é uma pré- inscrição, tal como fazem muitas escolas e colégios, porque é a melhor organização possível", contrapôs a presidente do Conselho Executivo, avançando que as matrículas só se formalizam após a saída das pautas do terceiro período.
Os alunos alegaram que protestavam por o Conselho Executivo só aceitar processos de pedidos de transferência depois de fechadas as turmas e de todas as vagas estarem completas, mas a responsável pela escola disse que não havia qualquer cartaz alusivo a esse tema.
Outros motivos de descontentamento evocados pelos alunos são a insegurança e a alegada falta de abertura do Conselho Executivo para desenvolver projectos apresentados pela Associação de Estudantes, como a distribuição de preservativos ou atribuição de uma sala.
Sobre estas questões Manuela Dias preferiu não se pronunciar.