Com uma base de licitação de 6.500 euros, a nota é "um exemplar muito raro pelo [bom] estado de conservação", adiantou Javier Salgado.

Alves Reis (1898 - 1955) foi o mentor da maior operação de falsificação de notas de banco da história, tendo elaborado um plano, enquanto estava preso, para falsificar um contrato em nome do Banco de Portugal.

Foram falsificadas cerca de 200.000 notas de valor nominal de 500 escudos, com a efígie Vasco da Gama com a data de 17 de Novembro de 1922, sendo o total de notas falsas quase tão elevado como o número de notas verdadeiras.

Entre o espólio que vai à praça, o responsável pelo leilão "Moedas de Ouro e Notas de Portugal", que decorre no Hotel Villa Rica em Lisboa, salientou um lote de moedas visigodas que datam dos séculos XVII e XVIII já cunhadas em Portugal.

Entre as raridades encontra-se também um conjunto de moedas portuguesas da época de D.João V e uma moeda de dez escudos de 1970, data não emitida para circulação, tratando-se de "uma peça muito rara com base de licitação de 2.500 euros, mas seguramente vai ser rematada por um valor cinco ou seis vezes superior", adiantou Javier Salgado.

O director da leiloeira disse à Lusa que o mercado tem-se mostrado bastante "simpático" na área da numismática. "Não sentimos muito a crise", disse, acrescentando que a aquisição de moedas antigas pode ser uma alternativa a outros investimentos.