Nova ação na serra de Valongo limpou mina de terra suja e colocou mantas de retenção

A colocação de mantas de retenção de hidrocarbonetos e a deposição em sacos próprios das terras contaminadas no fundo do Fojo das Pombas, na serra de Santa Justa, marcaram as duas intervenções ocorridas no fim de semana em Valongo.

Lusa /

Vítor Amendoeira, chefe da secção de espeleologia do Grupo de Espeleologia e Montanhismo (GEM), disse hoje à Lusa que a ação de limpeza e contenção "destinou-se a preparar a intervenção final" que deverá ocorrer ao longo da semana para terminar com os efeitos do lançamento de detritos automóveis em duas minas em janeiro, como denunciou a câmara local.

"Foram colocadas mantas de retenção para absorver os óleos que hão de escorrer das paredes da mina", começou por dizer o responsável do GEM, acrescentando que o odor do óleo "atraiu mais anfíbios" ao poço de 70 metro de profundidade e em que foram encontrados pelos espeleólogos "já contaminados" após o que foram "resgatados sete ou oito".

Os anfíbios foram encaminhados para apoio veterinário em Vila Nova de Gaia, onde os primeiros descobertos a meio de janeiro foram também assistidos antes de "serem depositados numa outra mina da serra".

No segundo dia de intervenção, no domingo, as "terras contaminadas começaram a ser colocadas em sacos grandes, que serão depois retirados através de uma grua", trabalho que ficará a cargo da autarquia.

De resto, o município, através dos serviços da Proteção Civil tem também a seu encargo a "lavagem a jato das paredes", algo que ocorrerá também nos próximos dias, acrescentou Vítor Amendoeira.

O lago anexo à mina foi "também visitado e não há vestígios de contaminação", confirmou o espeleólogo.

A câmara denunciou a 15 de janeiro o depósito ilegal de detritos na serra de Santa Justa, tendo sido detetado no sábado seguinte no G1, a poucos metros do Fojo das Pombas, mais lixo ligado a automóveis, como pneus, tapetes e matrículas.

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