Segundo Mésicles Berenguel, da comissão instaladora da APAVC, que ainda se encontra em fase de instalação, esta linha servirá para prestar informações sobre a doença e também para aconselhar as famílias sobre a forma de lidar com o doente.

A associação deverá estar em funcionamento no último trimestre do ano, com o objectivo de contribuir para a prevenção, tratamento e reabilitação da pessoa/família com AVC.

Um "workshop" para enfermeiros a 05 de Maio irá inaugurar o plano de acções do organismo, que conta ainda criar unidades de prestação de cuidados de saúde ou facilidades de acesso aos meios de assistência.

Incentivar a solidariedade social, apoiar investigações ou celebrar parcerias são outras metas da APAVC.

Para Berenguel "há uma necessidade urgente de dar resposta a pessoas e famílias que inesperadamente vêem alterada a sua qualidade de vida".

O AVC, vulgarmente conhecido por trombose, é uma doença de início súbito provocada pela falta de irrigação sanguínea num determinado território do cérebro, causando morte do tecido cerebral.

Esta doença é a principal causa de morte em Portugal e a primeira razão para incapacidade física adquirida em todo o mundo.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2005 surgiram 16.280 novos casos, enquanto a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral refere que a cada cinco minutos morre uma pessoa que sofreu um destes ataques.

Uma resposta pronta e válida dentro de um período de três horas depois de um AVC poderá "minimizar de forma significativa" as sequelas físicas e aumentar as possibilidades de uma reabilitação eficaz, acrescentou o membro da comissão instaladora.

O psicólogo clínico enumerou ainda as causas para o AVC, que se prendem com a degradação dos hábitos saudáveis de vida, como a tabagismo, alcoolismo, alimentação desregrada, sedentarismo, hipertensão, diabetes e colesterol.

Os sinais de alerta de um AVC são boca ao lado, perda de força no braço e dificuldade em falar.