A assinatura do contrato e auto de consignação da empreitada de execução da Barragem do Pinhão, entre a empresa Intermunicipal Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro e o consórcio Somague/Chupas e Morrão, decorreu hoje na Câmara de Sabrosa.

Alexandre Chaves, presidente do Conselho de Administração da Águas de Trás-os-Montes, referiu que aquela barragem, com um valor de cerca de quatro milhões de euros, vai abastecer 75 mil habitantes dos concelhos de Sabrosa, Vila Real, Peso da Régua e Alijó.

"No início de 2008 e através desta barragem poderemos resolver os problemas da falta de água das populações destes concelhos", afirmou Alexandre Chaves.

A obra, que deverá começar dentro de duas semanas, tem um prazo de execução de 480 dias e vai ter a sua implantação no limite dos concelhos de Sabrosa e Vila Pouca de Aguiar.

Alexandre Chaves salientou ainda que aquele projecto foi objecto de um "profundo estudo de impacte ambiental", que obriga a que a nova barragem disponha de uma passagem para peixes e toupeiras de água.

"Terá ainda um plano de recuperação da envolvente paisagística, o acompanhamento permanente de um arqueólogo e o projecto será executado cumprindo medidas de gestão dos resíduos e de minimização do impacte ambiental", frisou.

A barragem do Pinhão será o ponto de origem do sistema de abastecimento de água do Pinhão, que engloba ainda a construção de uma Estação de Tratamento de Água.

Segundo Alexandre Chaves, estas obras, que têm um custo total de 20 milhões de euros, deverão ser adjudicadas durante o próximo mês.

O sistema do Pinhão vai ainda alimentar supletivamente os sistemas de abastecimento de Vila Chã (Alijó e Murça) e do Sôrdo (Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Régua e Mesão Frio).

Assim, segundo o responsável, os sete concelhos do Douro Norte vão ser abastecidos através de três pontos de origem, designadamente as barragens do Pinhão e do Sôrdo e o sistema de captação superficial da Campeã.

O presidente da Câmara de Sabrosa, José Marques, referiu que o seu concelho, principalmente na zona Sul, apresenta muitos problemas ao nível do abastecimento de água.

"Há falta de água e existem também problemas a nível da qualidade da água de algumas minas e furos", salientou.

Acrescentou que na localidade de Chanceleiros foi necessário fechar uma das minas que abasteciam a população devido à falta de qualidade da água, pelo que, agora, são os bombeiros de Sabrosa que enchem semanalmente os depósitos.

"A cada ano que passa acentuam-se as dificuldades, mas esperemos que este problema fique definitivamente resolvido em 2008", sublinhou.