Nove projectos do Polis concluídos até ao final deste ano

Nove projectos do Polis vão estar concluídos até ao final deste ano e as restantes 19 intervenções deverão estar terminadas até 2010, disse hoje à agência Lusa o coordenador do programa de reconversão urbanística, João Pinto Leite.

Agência LUSA /

No total, foram criados 40 projectos Polis no país, dos quais 12 ficaram prontos no ano passado: Porto, Beja, Bragança, Matosinhos, Angra do Heroísmo, Vila do Conde, Vila Real, Portalegre, Valongo, Guimarães e Tavira.

Dos restantes projectos ainda em execução, 12 deverão ficar concluídos no próximo ano, seis em 2009 e um em 2010 (o da Costa de Caparica).

No total, os 40 projectos estão orçados em 1.200 milhões de euros, dos quais já foram gastos 800 milhões de euros, o que representa uma taxa de execução de 65 por cento, acrescentou.

Em declarações à agência Lusa, João Pinto Leite disse que o programa Polis previa inicialmente um investimento de 1.350 milhões de euros, valor revisto em baixa para os 1.200 milhões devido à não obtenção de alguns financiamentos.

Apesar de contabilizar em 39 o total de cidades com Polis, João Pinto Leite explicou que o número real se cifra em 40, uma vez que a cidade do Porto teve dois projectos (Ribeira e frente marítima da cidade), sendo que dez intervenções foram geridas directamente pela Parque Expo.

Com conclusão prevista para o próximo ano estão os Polis de Albufeira, Cacém, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Viseu, Setúbal, Tomar, Évora, Sintra, Barreiro, Lagos e Moita, enquanto para 2009 se prevê a conclusão dos de Gondomar, Vila Franca de Xira, Torres Vedras, Marinha Grande, Funchal e Santarém.

O Polis de Costa de Caparica será o único a concluir em 2010, uma vez que foi o "maior e o de mais difícil implantação devido à extensão de área abrangida e à grande quantidade de agentes envolvidos".

João Pinto Leite desvalorizou porém o atraso no Polis da Costa de Caparica, argumentando que a Caparica envolve "sete grandes projectos, dos quais quatro já estão aprovados".

"Tendo em conta o número e a tipologia dos projectos envolvidos, a área e as entidades envolvidas a resposta até nem foi tão lenta quanto possa parecer", sublinhou o coordenador do Polis.

Questionado sobre o que mudou no urbanismo em Portugal depois do Polis, João Pinto Leite disse que o programa "mudou muita coisa, sobretudo por se terem tratado de acções concertadas".

"Uma das vantagens do Polis foi ter conseguido juntar à mesma mesa autarquias, governo e várias entidades com vista a gizarem planos de ordenamento concertados nas áreas de sua jurisdição. Até ao Polis o que havia eram meras acções avulsas", argumentou.

Outra das vantagens do Polis foi - segundo o coordenador do programa - "a interacção conseguida entre governantes e governados", que não era uma prática habitual em Portugal.

Ao nível das empresas, e segundo João Pinto Leite, o Polis trouxe ainda inovações, uma vez que as mobilizou para gestão de obras, uma prática que não tinham já que até aí se limitavam a acções fiscalizadoras.

A reconversão urbanística das cidades vai ter continuidade no programa de cidades Polis XXI, a decorrer até 2015, que contempla três programas específicos: um de regeneração urbana, um de competitividade e diferenciação de cidades ou de redes de cidades e outro de integração regional.


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